Com a chegada da parte final do mês de Março avizinha-se mais uma jornada de selecções nacionais. O que no Dragão significa dores de cabeça. Longas viagens, lesões, cansaço, semanas de trabalho perdidas. «Temos vivido com isso desde o início. Quando houve uma quebra no trabalho das selecções houve um crescimento do F.C. Porto».
Jesualdo Ferreira já faz por isso contas à vida. «Não é culpa das selecções, é culpa da interrupção do trabalho. A entrada de muitos jogadores do F.C. Porto em duas jornadas de apuramento para o Mundial imediatamente antes de um mês de Abril terrível complica a nossa vida., claro Vamos deitar a mão aos jogadores que estão cá», referiu.
Apesar disso, o treinador não despeja nos compromissos internacionais das selecções todos os males do futebol. Lembra que as equipas nacionais também servem para motivar os atletas. «Todos os jogadores do F.C. Porto têm perspectivas individuais e isso é bom.» Mas lembra também que a equipa vai entrar numa fase decisiva da época.
Ora por isso, Jesualdo conta ficar com dois jogadores neste período: Fucile e Guarín. «São dois jogadores que não vão às selecções», disse, antes de corrigir, porque ainda não há dispensas oficias. «Esperamos que não vão. Esperamos que as federações compreendam as situações deles e não coloquem em causa o trabalho de recuperação.»
«O Fucile está na ponta final da recuperação que se esperava mais rápida. Tem uma capacidade de sofrimento maior do que o normal. Não encenámos nada em Madrid, acreditávamos mesmo que ele podia jogar. Mas não foi possível e entendemos que não podendo jogar em Madrid, só voltaria quando estivesse completamente recuperado.»
O treinador lembra de resto que Fucile tem muitas vezes problemas físicos porque é muito sacrificado em campo. «Está muito sujeito a lesões pela forma como joga. Ele, como o Bruno Alves, é um defesa que sofre mais faltas do que faz.»
Guarín encontra-se precisamente na mesma situação. «Só volta quando a lesão estiver completamente debelada. São dois jogadores dos quais precisamos nos momentos certos», finalizou Jesualdo.