Uma conferência mais curta do que se tinha tornado normal nos últimos tempos, na qual Jesualdo foi mais pragmático e menos opinativo, acabou por ser suficiente para se garantir que o F.C. Porto não vai chorar eternamente a lesão de Lucho González. Palavra do treinador. «Nunca um jogador se sobrepôs a uma equipa minha», disse.
«Está a falar-se do Lucho porque durante três anos cumpriu quase todos os jogos. Se fosse o Bruno Alves, o Raul Meireles ou o Lisandro seria a mesma coisa. Mas estamos a individualizar uma coisa e eu não quero que isso aconteça. A equipa colectivamente vai resolver a questão levantada pela ausência do Lucho», garantiu Jesualdo Ferreira.
O argentino, capitão da equipa, destaca-se por jogar praticamente toda a época, mas o treinador lembra que já falhou jogos. Esta época, por exemplo, falhou o jogo com o Fenerbahçe. E o F.C. Porto ganhou na mesma. O F.C. Porto sempre foi capaz e vai continuar a ser capaz de conseguir atingir os objectivos que conseguiu com Lucho.»
«O Lucho, como qualquer um dos outros jogadores, tem um peso muito grande dentro da equipa. Mas o F.C. Porto já foi capaz de alguns momentos desta época, e em jogos da Liga dos Campeões, de ganhar sem ele. Não estou com isto a menosprezar Lucho, estou a dizer que não ganhámos com um jogador, ganhámos com uma equipa.»
Ora por isso, Jesualdo Ferreira é pragmático quando se lhe pergunta se já tem uma alternativa para ocupar a posição de Lucho. O argentino, recorde-se, foi operado esta quinta-feira e falha o resto da época. «A alternativa ao Lucho é a equipa», responde o treinador, adiantando que «não vai haver mudanças na estrutura da equipa».