Jesualdo Ferreira marcou presença na entrega dos Prémios Stromp, que decorre em Lisboa. O novo manager do Sporting deixou aliás uma garantia curiosa: espera no futuro receber o prémio que o Grupo Stromp atribuiu ao melhor treinador do ano. Ele que no fundo nunca deixou de ser treinador.
A conversa começou por questionar Jesualdo sobre se ele espera receber o Prémio Stromp como dirigente num próximo ano, ao que o manager respondeu que isso não se coloca porque ele não é dirigente. Então e como treinador? «Sim, claro que sim. Já ganhei noutros clubes, por que não aqui?».
O manager leonino antevê de resto um ano difícil para os portugueses e, sobretudo, para os sportinguistas, mas deixou expresso o desejo de que a formação leonina consiga chegar ao «pódio» e que dessa forma possa «pensar diferente» na preparação de uma próxima época de mais sucesso.
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«É mais um natal que vamos passar em situações difíceis, quer social quer económicamente. É um ano que se perspetiva muito mais difícil do que os anos anteriores, um ano de avaliação das nossas capacidades enquanto país e no âmbito desportivo é também para o Sporting um ano para avaliar.»
Para já, porém, e como se trata de uma época natalícia, Jesualdo Ferreira quer aproveitar a ocasião para «desejar a todos os sportinguistas um santo natal». «Espero que todos em conjunto que possamos ser bem mais fortes do que temos sido até agora. É o momento de todos se juntarem.»
«A solidariedade é um sentimento em que está implícita a ajuda constante, o trabalho coletivo, a coordenação que tem que existir entre pessoas que têm os mesmos desejos e os mesmos problemas. Uma equipa de futebol é isso, diariamente, enquanto treina, enquanto joga, precisa de solidariedade.»
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A mensagem foi também para o exterior. «Se todos os sócios do Sporting levarem tempo a perceber isso, vai ser muito difícil que esse sentimento passe para o relvado, para a equipa, para os jogadores e que eles possam produzir aquilo que todos querem que venha a acabar com este sofrimento.»
Ora Jesualdo afirma-se preparado ter dentro do clube a solidariedade que é necessária. Até porque o desafio para levantar o clube é grande. «Um dos maiores desafios da minha carreira será, não sei se será o maior. Só no fim é que avaliamos, mas estou habituado a coisas difíceis.»
Por fim o manager leonino expressou o maior desejo para 2013. «Em termos desportivos que a seleção consiga garantir a presença no Mundial e que as equipas portuguesas se apurem para as competições europeias. São dois aspetos fundamentais para uma maior estabilidade», sublinhou.
«Também desejo que o Sporting chegue ao pódio e que depois comece bem a próxima temporada, para poder figurar nos lugares de topo da classificação. Acima de tudo, desejo que no Sporting possamos pensar diferente do que tem acontecido até agora», finalizou na conversa com os jornalistas.