O técnico do F.C. Porto atravessa um grande momento de forma. Isso mesmo ficou confirmado na conferência de imprensa deste sábado. Muito comunicador, com vontade de expressar abertamente as suas ideias, Jesualdo desfilou uma série de reflexões transversais, abordando vários temas além do futebol.
Mas comecemos mesmo pelo que se passa dentro dos relvados. Jesualdo Ferreira recordou a derrota de quarta-feira na Reboleira e, apesar de ter repetido as críticas à actuação da sua equipa, associou o resvalar do rendimento à saída de Hulk por lesão.
«Passámos a eliminatória, que era um dos objectivos, mas perdemos. E não gostámos. O jogo não foi o que queríamos. Mesmo que tivéssemos empatado ou ganho não teria gostado daquele jogo. Utilizámos uma série de jogadores que têm jogado menos, mas entrámos fortes e fizemos um golo. A partir desse momento saímos um pouco da partida, mas controlámos bem até à lesão do Hulk. Uma equipa que sofre com estes acidentes percebe o que isto significa. Às vezes eles motivam, mas neste caso não aconteceu isso», referiu Jesualdo.
Ainda sobre a lesão do atacante, Jesualdo aproveitou para partilhar aquilo que defende para todas as equipas que treina: respeitar o jogo e o público. «Ao longo destes anos todos tive sempre uma ideia clara: proteger e promover o jogo. Essa perspectiva baseia-se num conjunto de princípios diários. É importante que a equipa seja séria, respeite os árbitros, o público e a profissão. Não gosto que os meus jogadores se atirem para o chão e discutam com os árbitros. Mas às vezes isso acontece. Assim, entendo que há que criar condições para que o jogo seja mais atractivo e tenha mais público.»