«Já sabíamos antes que ia ser um jogo complicado, pois o Nacional tem uma boa equipa e é composta por bons jogadores. Normalmente, aqui na Choupana não é fácil ganhar. Na primeira parte, sem haver grandes oportunidades de golo o jogo foi comandado pelo Benfica. Aliás, comandámos o jogo todo, como era nossa obrigação. O Nacional, do ponto de vista defensivo, passou a maior parte do jogo a equilibrar os jogadores do Benfica, com marcações directas ao Aimar e ao Ramires, pelo Luiz Alberto e o Salino.
Na segunda parte, tentámos melhorar alguns posicionamentos, face às marcações directas que estávamos a ser alvo, conseguindo ter mais espaços. Fomos uns justos vencedores. O Cardozo fez um golo e podia ter saído daqui com mais, pois falhou uma grande penalidade. Esta vitória era importante, pois é difícil somar pontos aqui. Os jogadores do Benfica jogaram com postura competitiva muito forte, colocando tudo dentro do jogo, não pensando no encontro de quinta-feira. Este era o jogo mais importante. Saímos satisfeitos pelo que fizemos e pelos 3 pontos.
«Os jogadores do Benfica, por muita qualidade que tenham, muitas das vezes não conseguem transportar para o jogo os aspectos individuais que podem fazer a diferença. Muitas das vezes pela qualidade defensiva do adversário, como é o caso de hoje, pois o Nacional posicionou-se bem e fez marcações directas a alguns jogadores. Tivemos de jogar com fato-de-macaco, com muito querer, independentemente dos nossos flanqueadores não terem funcionado na primeira parte. Na segunda, tudo se alterou. Mudámos a forma de a equipa jogar e os jogadores perceberam onde estava o caminho mais próximo para a baliza. As coisas foram-se tornando mais fáceis em termos de podermos finalizar. Chegámos a estar 3 contra o guarda-redes e nestas situações os jogadores do Benfica normalmente não perdoam.
[ comentando o facto de o Benfica ter chegado ao golo pelo lado esquerdo do Nacional, onde já não estava Nuno Pinto:] «É verdade que o golo nasce aí e confirmo que, ao intervalo, falámos que o nosso flanco direito tinha de ter outras movimentações. Tinham de aparecer jogadores sem bola. Face à marcação directa ao Ramires, quisemos tirar o Leandro Salino dali e o Rúben aproveitou esse espaço, criando o lance que proporcionou o golo da nossa equipa.»
[ sobre se esta foi uma das finais mais importantes na Liga:] «Não podemos qualificar assim, pois nós pensamos jogo a jogo. Sabíamos que este era difícil, pela qualidade do Nacional, que a comprovou dentro de campo, mas não foi o mais difícil. O mais difícil vai continuar a ser o próximo jogo. Agora temos quinta-feira mais um desafio em Marselha, noutra competição.»
[ acerca da gestão física da equipa] «Fisicamente, a equipa do Benfica está muito bem. Mas, quando temos jogos a meio da semana, aí não há tempo para recuperações e tornam-se as situações mais complicadas. Mas, mesmo com o jogo de quinta-feira, demonstrámos na segunda parte grande intensidade e qualidade de jogo. É sinal que esta equipa respira saúde por todo o lado. Mas vamos continuar a pensar jogo a jogo, como temos feito até aqui.»
[ o apoio dos adeptos na Choupana foi importante?] «Sim, pelo que dizem o estádio do Nacional nunca teve tanto público. Só podia ser o Benfica, porque esta equipa, normalmente, onde vai enche os estádios. E hoje eles foram determinantes. Este apoio que os madeirenses nos deram, mais alguns adeptos que viajaram desde Lisboa, foi fundamental para esta vitória. Este resultado também tem uma parte deles.»
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Nacional-Benfica, 0-1 (destaques)
Nacional-Benfica, 0-1 (crónica)
Nacional-Benfica, 0-1 (ficha)