Jorge Jesus e Carlos Azenha, treinadores do Benfica e do Portimonense, em declarações no final do empate (1-1) no Estádio da Luz:

Jorge Jesus, treinador do Benfica.

«Pagámos por jogar com um onze menos entrosado, mas esse é um risco que tinha de correr. O Benfica não tem onze ou doze jogadores, tem um plantel de 23 jogadores, por isso achei que face a algumas expulsões e face ao jogo de quinta-feira deveria dar uma oportunidade a novos jogadores e não me arrependo disso. Tinha de correr este risco face aos compromissos que temos, por isso só faltou ter ganho, porque de resto foi bom, até para testar alguns jogadores.

Não podemos branquear a realidade, está difícil ser campeão, antes deste jogo já era difícil, e por isso lançámos novos jogadores, que podem ser importantes no futuro. Tentámos valorizar os outros que estão cá, porque tem de ser assim. Já estava programado o Salvio e o Gaitán serem lançados no jogo, porque estiveram oito dias parados. Notou-se alguma falta de velocidade neles, mas a segunda parte foi uma segunda parte de querer e no geral gostei de todos os jogadores.

Foi pena o Roderick ter feito aquela oportunidade, que me parece fora, se não é fora é no limite e no limite contra o Benfica é sempre dentro. O Roderick tem de ser lançado em vários jogos e temos de continuar a fazer isso para no futuro ser uma certeza e não uma promessa.

Que comentário me merece o relatório do observador do jogo de Braga que escreveu que o Javi Garcia foi mal expulso? Enfim, quando aconteceu o lance tive essa sensação, vi perfeitamente que o Alan é que faz a falta, vi que o Alan é que faz teatro. O Javi Garcia joga com toda a lealdade e foi penalizado pela situação teatral do Alan. Enfim, não foi mais do que vimos e parabéns ao observador por ter escrito a verdade.»

Nuno Gomes: «Aproveito para provar que estou vivo»

Ricardo Pessoa: «Perdemos boa oportunidade para vencer»

Carlos Azenha, treinador do Portimonense:

«Gostaria de enaltecer os jogadores pelo rigor táctico, pela disponibilidade e entrega ao longo dos noventa minutos. Continuámos a não perder e a somar pontos. Quero enaltecer também os adeptos e o presidente e quero agradecer a todos aqueles que duvidaram da minha capacidade.

Quero agradecer à minha família, sobretudo ao meu filho que viveu momentos difíceis. Da última vez que vim à Luz perdi 8-1 e fui enxovalhado, disse ao meu filho que os grandes homens notam-se quando se levantam, eu levantei-me, criei imensas dificuldades ao Benfica.

Tive as melhores oportunidades e esperava sair daqui com os três pontos, não deu, saio com um, mas temos de nos recordar que jogámos com o campeão nacional. Era importante não perder, montámos uma estratégia adequada a isso e apostei nas nossas armas, sobretudo nas transições ofensivas.»