Joachim Löw bem tentou fugir ao assunto, mas a conferência de imprensa de antevisão do embate entre a Alemanha e a Grécia, já chamado o «choque da Eurozona», dos quartos de final do Euro-2012, foi salpicada de conotações políticas. O selecionador alemão acabou por aceitar o repto e respondeu com um humor pouco vulgar entre os alemães.

«A Angela Merkel e eu temos uma uma boa relação e um acordo segundo o qual ela não me dá conselhos sobre as escolhas dos jogadores e eu não lhe dou conselhos sobre decisões políticas», ironizou um sorridente Löw, antes de votar aos assuntos sérios. «É apenas um jogo normal dos quartos de final contra a Grécia, nada mais», acrescentou.

Mais a sério, o selecionador alemão destacou a ausência de Karagounis, que vai cumprir castigo, na equipa de Fernando Santos. «É ele quem tem tido as grandes ideias nos jogos da Grécia nos últimos anos. É o jogador que faz a ligação entre a defesa e os jogadores do ataque e a sua ausência na Grécia é má para eles», destacou.

«Vai haver uma explosão de Özil neste campeonato»

A Alemanha treinou esta terça-feira sem Mezut Özil, Bastian Schweinsteiger e Lars Bender, todos com pequenas mazelas contraídas no último jogo com a Dinamarca, mas o treinador garante que se tratou apenas «de uma medida de precaução».

O influente médio do Real Madrid mereceu, aliás, palavras de destaque de Joachim Löw depois de ter realizado exibições discretas nas três vitórias da Alemanha. «Vai haver uma explosão de Özil neste campeonato, como aconteceu na África do Sul, depois da fase de grupos», previu.