João Loureiro tomou esta quarta-feira posse como presidente do Boavista, numa cerimónia efetuada no Estádio do Bessa, no Porto, e disse que o clube «há-de ser compensado por todo o mal que lhe foi feito».

O dirigente falava à comunicação social após ter sido empossado juntamente com a sua direção, composta por um presidente adjunto, Carlos Mota Cardoso, e oito vice-presidentes, entre os quais alguns anteriores dirigentes axadrezados.

João Loureiro voltou ao Boavista após as eleições realizadas em 28 do mês passado, tendo-se apresentado como líder da única lista concorrente.

«Ninguém pense que sou um mágico», salientou numa breve intervenção em que recordou as linhas gerais do seu programa de ação para os próximos três anos e que foi escutada por várias dezenas de associados. «Isto não vai melhorar de um dia para o outro», reforçou, acrescentando que as melhorias ocorrerão dia após dia.

O Boavista espera ainda pelo resultado da decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) de rejeitar o recurso apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) da decisão, em primeira instância, da anulação da despromoção, em 2008, do clube à segunda liga.

Tal decisão reforça a esperança dos boavisteiros de que o clube acabará por ser reintegrado no escalão maior do futebol português, a I Liga, mas João Loureiro prefere manter-se, para já, em silêncio sobre o assunto. «Vou aguardar com calma, não quero falar de nada que possa ser entendido como pressão, quero que as coisas sigam o seu rumo, tendo a consciência de que o Boavista tem direitos e que esses direitos serão, comigo, com a minha direção e a administração da SAD, integralmente defendidos», afirmou.

Em 2008, recorde-se, o clube foi despromovido à segunda divisão do futebol português e hoje disputa o Nacional da II Divisão da Zona Norte. «O Boavista, um dia, há-de ser compensado por todo o mal que lhe foi feito», garantiu.