João Mário deixou o Sporting em 2016 após uma época na qual lutou até ao fim pela conquista do campeonato e marcada pelo título europeu de seleções.

Quatro anos depois, o médio que foi transacionado para o Inter por uma verba de 40 milhões de euros (+ €5M em objetivos) identificou que clube encontrou agora. «São tempos diferentes, sente-se um ambiente muito agradável e uma lufada de ar fresco, desde o presidente, ao treinador e até ao roupeiro. Estou muito contente por encontrar este ambiente no Sporting», rematou.

Durante a ligação ao Inter, que se mantém, João Mário teve dificuldades em fixar-se na equipa italiana e soma agora o terceiro empréstimo para trás. Apesar das oscilações, o médio diz-se hoje mais jogador do que aquele que deixou Alvalade com 23 anos.

«Tenho a certeza absoluta de que sou melhor Jogador. Era muito jovem quando saí e aprendi bastante. Apesar dos altos e baixos, acho que cresci imenso como jogador e o João de hoje em dia não tem comparação com o de há uns anos», disse em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, à margem da sessão de trabalho conduzida por Ruben Amorim.

João Mário avaliou ainda o tempo de trabalho com o novo técnico. «Faço um balanço muito bom. Por acaso não me cruzei com ele enquanto jogador. Não o conhecia bem, mas tenho gostado. Mete muito respeito na equipa, competitividade e tem ideias jovens: identifico-me bastante, porque tem uma mentalidade bastante moderna», vincou.

Recorde-se que na primeira passagem pelo Sporting, João Mário atuou preferencialmente sobre o corredor direito, sendo agora opção para o corredor central, onde faz dupla no meio-campo com João Palhinha. Preferências? «Sinto-me confortável no meio e nas alas, porque também já o fiz, tanto nestes anos fora, como na Seleção e anteriormente no Sporting. Tenho jogado no meio, mas também posso facilmente jogar nas alas. A época é muito longa e essa variante é importante», observou.

O médio de 27 anos recusou estabelecer comparações entre o grupo de trabalho atual e aquele no qual esteve inserido em 2015/16 sob o comando de Jorge Jesus. «São grupos completamente diferentes. No outro contexto, o grupo era muito mais experiente. Eram realidades e treinadores diferentes. O mesmo sentido de responsabilidades temos, mas não metemos essa pressão, porque o grupo é muito jovem e sabemos o que aconteceu nas épocas anteriores. Não dá para comparar, porque são realidades diferentes: temos de ter essa humildade e esse conhecimento», referiu antes de assumir aquilo que encontrou de diferente no universo leonino ao fim destes anos no qual o clube sofreu transformações profundas, sobretudo após a invasão à academia de Alcochete em maio de 2018.