Joel Santana, técnico brasileiro que orienta a selecção da África do Sul, não quer ouvir mais falar sobre as vuvuzelas e o barulho que provocam. «Os incomodados que levem algodão», troçou.
O brasileiro está no comando técnico do país organizador do Campeonato do Mundo 2010 há pouco mais de um ano e diz-se habituado ao barulho daquele instrumento muito típico nos estádios sul-africanos. «Não atrapalha, é a cultura do país, cada povo se comporta de uma maneira, é bonito, faz barulho», comentou Joel Santana, citado pelo site Globo. «Europeu é assim, fica logo incomodadinho ¿ eu incentivo!», atirou, desafiador.
Recordemos: a vuvuzela é um instrumento de sopro feito de plástico, semelhante a uma corneta, que os adeptos sul-americanos levam para os jogos de futebol. A polémica sobre o seu uso e possível proibição começou na Taça das Confederações que ainda decorre.
Originalmente, a FIFA queria banir o uso do instrumento por recear que o mesmo pudesse ser usado como arma ou como suporte publicitário. Depois de a federação sul-africana ter apresentado as vuvuzelas como um produto autêntico e característico daquele país, a FIFA desistiu e permitiu a sua utilização na Taça das Confederações e Campeonato do Mundo 2010.
No entanto, alguns jogadores, treinadores, adeptos e comentadores queixaram-se do som das vuvuzelas nos estádios, alegando que poderia ser factor de distracção e dificultar as transmissões televisivas, bem como as comunicações treinador-jogador e jogador-jogador.