FINAL DO JOGO. Se, ao intervalo, o empate era algo injusto, depois da segunda parte ninguém de boa fé poderá apresentar objecções ao desfecho. O Benfica foi minguando de entusiasmo e lucidez pelo tempo fora, tendo sido cada vez mais inconsequente, enquanto o Marítimo, sem jamais apresentar uma face ousada, foi ganhando a calma suficiente para adormecer o jogo a seu prazer. Mesmo com as mudanças, o Benfica prossegue assim um ciclo sem vitórias que parece deixá-lo cada vez mais distante da luta pelo título. E U. Leiria e Belenenses podem ultrapassá-lo já este fim-de-semana...

Cartão amarelo a Van der Gaag (Marítimo) por desentendimento com Pepa.

Cartão amarelo para Pepa (Benfica), por desentendimento com Van der Gaag.

Cartão amarelo a Richardson (Marítimo), por falta sobre Fernando Aguiar.

Vão ser jogados quatro minutos de compensação. A qualidade do jogo é, nesta fase, quase nula.

Livre ensaiado do Marítimo, com Bruno a desmarcar Kenedy na esquerda. O cruzamento sai em direcção da baliza, enganando Enke e levando a bola a bater na trave.

Cartão amarelo a Fernando Aguiar (Benfica), por protestos.

substituição no Marítimo. Sai Gaúcho, entra Arriola.

substituição no Marítimo. Sai Gaúcho, entra Arriola.

Boa iniciativa de Pepa na direita. Van der Gaag afasta o cruzamento, a bola sobra para Fernando Aguiar, que remata de muito longe, um pouco ao lado.

Substituição no Benfica. Sai Drulovic, entra Andersson.

Substituição no Benfica. Sai Drulovic, entra Andersson.

Grande oportunidade para o Benfica. Caneira tem uma insistência, ganha um ressalto, a bola sobra para Carlitos que, na esquerda, finta para o meio e remata por cima da trave, com Pepa em excelente posição no eixo da área.

Por falta de frescura física ou de lucidez, o Benfica começa a conceder muitos espaços ao Marítimo, que finalmente assume alguma iniciativa com um futebol feito de muitas trocas de passe - algo que na primeira parte fora de todo impossível ver.

O Marítimo perde uma oportunidade flagrante. Kenedy tabela com Bruno, isola-se na meia esquerda e à saída de Enke toca para o meio, onde Gaúcho, com a baliza deserta, não chega à bola por milímetros.

Alguns contra-ataques bem iniciados mas mal desenvolvidos começam a despertar sinais de impaciência nos adeptos do Benfica.

Substituição no Marítimo. Sai Iliev, entra Richardson.

Substituição no Marítimo. Sai Iliev, entra Richardson.

Boa iniciativa de Carlitos na direita. O cruzamento encontra a cabeça de Mantorras ao segundo poste. Nélson voa e evita que Pepa consiga o desvio final.

Jesualdo Ferreira pretende ganhar poder físico no ataque, fazendo Pepa actuar na posição até aqui ocupada por Simão, que recua para o centro da manobra ofensiva. Compreende-se: Rui Baião já não exibia a frescura e lucidez da primeira meia hora.

Substituição no Benfica. Sai Rui Baião, entra Pepa.

Substituição no Benfica. Sai Rui Baião, entra Pepa.

Contra-ataque perigoso do Marítimo, com Caneira a evitar que o cruzamento de Kenedy encontrasse Gaúcho ao segundo poste.

O recomeço de jogo está bastante incaracterístico. Nenhuma das equipas conseguiu ainda assentar jogo, embora o Benfica continue instalado no meio-campo adversário.

Substituição no Marítimo. Sai Danny, entra Lino.

Substituição no Marítimo. Sai Danny, entra Lino.

Abertura de Jorge Ribeiro para o lado direito da área, onde Fernando Aguiar remata forte, mas um pouco por cima da trave.

Cartão amarelo a Bruno (Marítimo), por protestos.

Simão e Van der Gaag ficam tocados num lance em que o benfiquista chocou com o defesa holandês, que procurava cobrir a bola até Nélson.

Uma nota à margem do jogo: a claque dos Diabos Vermelhos retira as faixas e abandona o estádio, depois de um dos seus elementos ter sido esfaqueado junto à sede da claque.

Recomeça o jogo na Luz. Jesualdo Ferreira parece querer injectar dinamismo no flanco direito, onde Miguel se apagou depois dos primeiros 15 minutos.

Substituição no Benfica. Sai Miguel, entra Carlitos.

Substituição no Benfica. Sai Miguel, entra Carlitos.

INTERVALO. Resultado algo penalizador para o Benfica, que foi quem assumiu sempre a iniciativa de jogo. O golo a frio de Gaúcho quebrou um pouco o ímpeto aos encarnados, que repuseram justiça no marcador numa altura em que ainda jogavam um futebol suficientemente compacto. Nos últimos dez minutos, porém, foram aumentando os espaços entre as linhas, e como tal aumentou também o número de passes errados, o que permitiu ao Marítimo equilibrar as operações e jogar um pouco mais.

Vão ser jogados dois minutos de compensação.

Cartão amarelo a Andrade (Benfica) por derrube a Kenedy.

A torre de iluminação deficiente já voltou a funcionar.

O Benfica continua a mandar no jogo, embora com menos rigor nos passes do que na fase inicial. Como tal, a posse de bola está um pouco mais repartida e as oportunidades de golo são menos frequentes.

Uma perda de bola infantil de Jorge Ribeiro obriga Fernando Aguiar a cometer falta sobre Danny. Jesualdo Ferreira levanta-se do banco para protestar.

No seguimento do livre, Mantorras tenta um desvio de calcanhar, mas a bola acaba por morrer nas mãos de Nélson.

Cartão amarelo a Zeca (Marítimo), que derruba Simão quando este se preparava para embalar em direcção à área.

O Marítimo chega pela segunda vez à área de Enke e vo,ta a criar perigo num lance de bola parada. Bruno bate um livre lateral para a zona de «penalty», Van der Gaag aparece a cabecear, a bola sai um pouco ao lado.

Cartão amarelo a Briguel (Marítimo), por desentendimento com Miguel.

GOLO DO BENFICA (1-1, por Mantorras). Excelente cruzamento de Drulovic na direita, para Rui Baião, que aparece ao segundo poste, a cabecear para a baliza. Mantorras ainda toca mesmo antes de a bola ultrapassar a linha.

O ritmo do jogo cai acentuadamente. O Benfica perdeu alegria e dinamismo com aquele golo sofrido a frio. O Marítimo, por seu lado, não parece disposto a sair de uma atitude de expectativa, cedendo por completo a iniciativa ao adversário.

O estádio fica subitamente à média luz, depois de uma das torres de iluminação se apagar. A continuação do jogo não parece em causa. A menos que mais alguma torre decida entrar em greve...

Andrade arranca aplausos com um excelente corte em esforço que interrompe um contra-ataque ameaçador do Marítimo.

Um golo a frio, na primeira iniciativa atacante digna desse nome, deu ao Marítimo um prémio até agora imerecido. O Benfica estava a ser melhor, falta ver se consegue manter a serenidade depois do primeiro revés.

Livre frontal favorável ao Benfica. Mantorras remata com muita força, a bola sai um pouco ao lado, depois de tabelar num homem da barreira. Paulo Baptista não vê e assinala pontapé de baliza.

GOLO DO MARÍTIMO (0-1, por Gaúcho). Um livre marcado por Bruno, em zona frontal, a 30 metros da baliza, é desviado por Jorge Soares para o lado esquerdo, onde Gaúcho, muito veloz, desvia para a baliza. O Benfica reclama fora de jogo. No estádio não pareceu.

Mantorras, desmarcado por um passe de Rui Baião, entra na área sobre o lado esquerdo e remata forte, um pouco ao lado do poste direito. Boa entrada em jogo do Benfica.

Mais uma insistência do flanco direito (Miguel parece mais confiante do que em outros jogos) resulta noutro lance de perigo. Mantorras, por duas vezes, não consegue o remate. Tudo termina com uma boa defesa de Nélson, em vôo, a deter um cabeceamento de Fernando Aguiar.

Primeira iniciativa perigosa dos encarnados, com Miguel a cruzar da direita para um cabeceamento fraco e inofensivo de Rui Baião, que parecia em posição de fazer melhor.

Primeira impressão: Simão surge mais adiantado no terreno, quase ao lado de Mantorras. O Benfica surge numa espécie de 4x1x3x2 com Fernando Aguiar como único médio defensivo, Miguel à direita e Rui Baião nas costas dos avançados.

Começa o jogo. Sai o Benfica.

As equipas entram em campo, envergando t-shirts brancas alusivas à campanha de combate à droga «Drogas.sem Desporto.com»

MARÍTIMO: Nélson; Albertino, Jorge Soares, Van der Gaag e Briguel; Zeca, Bruno, Iliev e Kenedy; Gaúcho e Danny. Suplentes: Gilmar, Ezequias, Fábio, Luís Olim, Lino, Arriola e Richardson.

BENFICA- Enke; Andrade, Caneira, Argel e Jorge Ribeiro; Fernando Aguiar; Simão, Miguel, Rui Baião e Drulovic; Mantorras. Suplentes: Moreira, Andersson, Pesaresi, Carlitos, Porfírio, Hugo Henriques e Pepa.

O Benfica parte para este jogo com a História do seu lado: 19 vitórias, 1 derrota, 1 empate nos 21 jogos já efectuados frente ao Marítimo na Luz. Mas os madeirenses têm o estímulo dos últimos jogos: um empate (1-1) neste mesmo estádio, para a Taça, e uma vitória (1-0), nos Barreiros, no respectivo desempate.

À entrada do estádio da Luz foi distribuído um panfleto que apela aos adeptos do clube para boicotarem os jogos fora de casa, como forma de protesto pelas arbitragens. Há ideias para todos os gostos...

O árbitro do encontro é Paulo Baptista, de Portalegre. Uma designação do sorteio muito contestada pelos madeirenses, que lhe recriminam a actuação no último Marítimo-Sporting. O Benfica, por seu lado, também não tem calado fortes protestos em relação às arbitragens dos últimos jogos. Pressão redobrada, portanto, para o homem do apito. Nada a que o futebol português não se vá habituando, infelizmente.

Outra estreia no jogo desta tarde: a de Fernando Chalana como adjunto de Jesualdo Ferreira. Foi pedida uma ovação especial para a antiga glória do futebol encarnado. O público correspondeu, obviamente.

Numa altura em que as duas equipas já efectuam exercícios de aquecimento no relvado, não estão mais de 10 mil espectadores nas bancadas.

Do lado do Marítimo, para além da dúvida relativamente à disponibilidade do guarda-redes Nélson, Nelo Vingada tem também algumas baixas de registo: Quim, Dinda, Alan, Paulo Sérgio, Eusébio e Joel Santos não integram a convocatória, que no entanto regista a presença de Bruno, regressado após cumprir um jogo de castigo no jogo com o Belenenses, para a Taça de Portugal.

Este é também o primeiro jogo de Jesualdo Ferreira como responsável técnico principal pelos «encarnados». Exactamente uma semana depois de ter sido nomeado sucessor de Toni, o treinador do Benfica debate-se com algumas limitações: Júlio César, Cabral, João Manuel Pinto, Diogo Luís, Ednilson, Zahovic e Sokota não podem, por lesão ou castigo, dar o seu contributo à equipa. Daí que Jesualdo tenha convocado seis jogadores da equipa B.

O primeiro jogo de Benfica e Marítimo no ano de 2002 é também o primeiro a ser efectuado num estádio da Luz visivelmente marcado pelo andamento das obras. Um quarto do estádio já não dispõe de cadeiras, e a lotação foi reduzida em um terço - é agora de 50 mil espectadores.

A 45 minutos do pontapé de saída, o estádio da Luz apresenta ainda um aspecto muito pouco composto. Este Benfica-Marítimo tem a particularidade de ser, simultaneamente, um jogo com sugestões de «dejá vu» (terceiro confronto entre as duas equipas em menos de um mês) e com sabor a novidade. A várias novidades, mesmo.