O antigo secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, considerou que a comitiva portuguesa que foi aos Jogos Olímpicos ficou aquém das expectativas.

«Alinho muito com aquilo que foi a análise do presidente do Comité Olímpico de Portugal [COP], os resultados ficaram abaixo do que estava definido, nomeadamente na questão de medalhas e diplomas», disse o agora deputado do PSD, que foi quem negociou o contrato-programa com o COP para o Rio 2016.

À margem de um colóquio em Lisboa, da Universidade Europeia, Guerreiro explicou que os resultados acima do top 10 até ficaram acima do pretendido e deixou uma reflexão.

«Há um dado que foi apresentado que diz que 60% dos atletas ficaram abaixo das marcas que os levaram lá, é preciso fazer uma reflexão com técnicos, com os próprios atletas e com as federações para perceber como podemos melhorar estes resultados», afirmou.

A proposta de orçamento de estado prevê um aumento de 5,3% nas verbas alocadas ao desporto, mas o deputado não comenta: «Primeiro gostava de ter a execução, porque já no ano passado havia mais 2,5 milhões e não vejo onde é que o dinheiro chegou, dizem-me que não houve reforço das federações.»

No Parlamento, em outubro, José Manuel Constantino, presidente do COP, tinha considerado a participação negativa: «Ficámos aquém dos objetivos e das nossas expectativas. Tínhamos previsto que 25% dos atletas que estavam no nível de topo do apoio olímpico chegassem às medalhas, ou seja, prevíamos duas medalhas, alcançámos uma. Prevíamos 12 diplomas, conseguimos dez. Esperávamos 17 posições de semifinalista, tivemos 18.»