O número de atletas lusos presentes em Jogos Olímpicos passou a 745, de 27 modalidades, depois de terem estado no Rio 2016 um total de 55 estreantes a representar Portugal, em 24 edições, desde Estocolmo 1912.

Contando com as repetições de atletas, já são, aliás, mais de mil – 1.100 - as participações lusas na principal prova do desporto mundial, sendo 903 homens e 197 mulheres, que só se estrearam em 1952, 56 anos após a primeira edição.

Os 107 de Atlanta, nos Jogos do Centenário, em 1996, são o máximo numa edição, sendo que Portugal também ultrapassou a centena (101) em 1992, em Barcelona, números para os quais contribuíram as equipas de futebol (18) e hóquei em patins (10), respetivamente. O Rio2016 fixou-se em terceiro (92).

Os Jogos Olímpicos começaram em 1896, em Atenas, mas Portugal falhou as primeiras quatro edições, estreando-se apenas à quinta, em 1912, em Estocolmo, na Suécia.

A assinalar a primeira aparição lusa, ocorreu um dos episódios mais dramáticos da história do evento, a morte do maratonista Francisco Lázaro, um dos seis atletas portugueses presentes, em três modalidades (atletismo, luta e esgrima).

Em 1984, numa edição marcada pelo boicote dos países de Leste, como resposta ao impulsionado quatro anos antes pelos Estados Unidos, Portugal contou com 38 atletas e somou, finalmente, o seu primeiro título olímpico.

Carlos Lopes fez soar «A Portuguesa» em Los Angeles, ao vencer a maratona, numa edição em que a representação lusa somou mais duas medalhas de bronze no atletismo, por António Leitão (5.000 metros) e por Rosa Mota, que se tornou a primeira mulher portuguesa medalhada, ao ser terceira na maratona.

Em Barcelona (1992) e Atlanta (1996) assistiu-se a uma verdadeira romaria portuguesa, com 101 atletas na Catalunha, sem resultados à altura, e 107 nos Estados Unidos, onde Fernanda Ribeira selou o terceiro ouro luso, nos 10.000 metros, e a vela regressou ao pódio, 36 anos depois, com o terceiro lugar de Hugo Rocha e Nuno Barreto na classe 470.

Nas últimas quatro edições, a representatividade baixou, mas Portugal não mais falhou as medalhas – a edição de 1992 foi a última em branco –, com dois bronze em Sydney (2000), com 62 atletas, e duas pratas e um bronze em Atenas (2004).

Em Pequim (2008), Nelson Evora (triplo salto) e o atletismo selaram o quarto ouro para Portugal, que levou 77 atletas à China e menos um a Londres (2012), onde a delegação lusa, com um recorde de 32 mulheres, foi salva pela prata dos canoístas Emanuel Silva e Fernando Pimenta (K2 1.000 metros).

No Rio2016, uma delegação de 92 atletas, incluindo 18 futebolistas, voltou a conseguir só uma medalha, de bronze, por intermédio de Telma Monteiro (-57 kg), umas das 30 mulheres presentes.

O atletismo é, de forma destacada, a modalidade portuguesa que mais praticantes teve nos Jogos, proporcionando o estatuto de ‘olímpicos’ a 166 atletas, que valeram os quatro ouros, mais duas pratas e quatro bronzes. Nos lugares imediatos, mas a grande distância, surgem a Natação, com 74, e a vela, com 71.