A atleta Liliana Cá garantiu, este sábado, os mínimos no lançamento do disco, aumentando para 37 os portugueses com marca de qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, a disputar de 23 de julho a 8 de agosto.

A marca de Liliana Cá, de 34 anos, atleta do Novas Luzes, foi obtida durante os campeonatos nacionais de lançamentos longos, em Vagos, Aveiro. Cá conseguiu 65,10 metros, ficando a apenas 30 centímetros do recorde nacional de Teresa Machado, obtido em 1998.

É a primeira qualificação de Liliana Cá para os Jogos, que reforça a liderança do atletismo nas modalidades com maior número de presenças asseguradas: agora, são nove.

Na comitiva, o maior destaque vai para João Vieira, de 43 anos, que tem marca de qualificação nos 50 km marcha e deverá estar pela sexta vez em Jogos, tornando-se o segundo luso com mais presenças, a uma do velejador João Rodrigues.

Pedro Pichardo tem marca no triplo salto, assim como Patrícia Mamona e Evelise Veiga, com Carla Salomé Rocha e Sara Catarina Ribeiro a terem mínimos na maratona e Auriol Dongmo no lançamento do peso.

Maria Martins vai estrear o ciclismo de pista como disciplina olímpica para Portugal, depois de se ter qualificado através do 'ranking' de omnium. No ciclismo de estrada, Portugal vai ter duas vagas em Tóquio, por via do 23.º lugar no 'ranking' olímpico, que dá a Portugal o direto a ter dois ciclistas na prova de fundo, um dos quais com entrada para o contrarrelógio.

O oitavo lugar de Nelson Oliveira no contrarrelógio dos Mundiais de 2019 permite a Portugal ter pela primeira vez dois ciclistas no 'crono' em Jogos Olímpicos.

Tal como para o Rio2016, os velejadores Jorge Lima e José Luís Costa foram os primeiros a assegurar uma presença portuguesa nos Jogos, ao garantirem uma quota - não obrigatoriamente ocupada por esta dupla - em 49er, durante o Mundial de Classes Olímpicas em Aarhus, na Dinamarca.

Na canoagem, seis atletas garantiram a qualificação nos Mundiais de velocidade de 2019, entre os quais Fernando Pimenta, medalha de bronze em K1 1000 em Szeged, na Hungria. O K4 1000, composto por Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, e Teresa Portela (K1 200) também já têm presença em Tóquio, tal como Antoine Launay (K1) no slalom.

Também a natação já tem cinco atletas com mínimos, com Alexis Santos, semifinalista no Rio2016, e Gabriel Lopes nos 200 metros estilos, Tamila Holub e Diana Durães nos 1.500 livres, e Ana Catarina Monteiro nos 200 mariposa.

No equestre são já quatro as quatro as vagas asseguradas, com Luciana Diniz, nona no Rio2016, a garantir a presença na prova de obstáculos, ainda não sendo oficial que será a luso-brasileira a viajar para Tóquio. Antes, já estavam assegurados três atletas na equipa de ensino, com a vaga assegurada por Maria Caetano, Rodrigo Torres, João Miguel Torrão e Duarte Nogueira no Europeu.

Portugal vai estar também representado no ténis de mesa, através da equipa masculina, que venceu o seu grupo no torneio de qualificação olímpica. Em Gondomar, os já olímpicos Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Monteiro asseguraram nova presença na prova de equipas, na qual no Rio2016 foram eliminados na primeira ronda pela Áustria. A qualificação da equipa garante também a vaga para dois portugueses na prova individual. Em 2016, Marcos Freitas, que caiu nos quartos de final, e Tiago Apolónia, eliminado na terceira ronda, foram os representantes lusos. Fu Yu já tinha assegurado a presença no torneio feminino de ténis de mesa, graças à presença na final dos Jogos Europeus.

De regresso aos Jogos Olímpicos estará o tiro com armas de caça, com João Paulo Azevedo no fosso olímpico.

Em estreia, estará o surf, com Frederico Morais, por ter sido o melhor atleta europeu nos Mundiais de 2019, enquanto Filipa Martins repete a presença na ginástica artística.