Johan Cruijff orienta nesta quarta-feira a seleção da Catalunha frente à Nigéria, naquele que ele próprio diz que será o seu último jogo à frente de uma equipa. Aos 65 anos, aquele que foi um dos grandes jogadores da história o ideólogo da «Dream Team» original do Barcelona diz que não quer voltar a treinar. A ver se mantém a intenção.

Cruijjf já não treina regularmente desde 1996, quando deixou o Barcelona, mas foi nos últimos anos treinador da seleção da Catalunha, uma representação simbólica que ocasionalmente junta jogadores da região para confrontos particulares. Ao final da tarde, no estádio do Espanhol, recebe a Nigéria com uma equipa cuja base principal é o Barcelona, com 10 convocados.

Na despedida, o holandês que adotou a Catalunha para viver mantém o seu caráter controverso e calculista. Numa entrevista à Federação catalã, Cruijff responde por exemplo assim quando lhe perguntam porque não fala catalão, mesmo vivendo há 40 anos em Barcelona: «Não faço nunca uma entrevista em catalão porque não quero dar vantagem ao jornalista. Quero que seja ele quem tenha de se esforçar para me entender.»