Jordão Diogo, jogador que reclama o mérito de ter sido o primeiro representante português no futebol da Islândia, voltou ao gélido país para representar novamente o KR Reykjavík. O extremo esquerdo interrompeu a aventura devido a uma inflamação à volta do coração, passou os últimos meses em Inglaterra mas chegou a acordo para regressar ao destino remoto.
«Falei com os responsáveis do clube e chegámos a acordo para regressar. Cheguei anteontem à Islândia, já estive a treinar e estamos à espera que a Federação mande o contrato em inglês para assinar. Em princípio, será um ano de contrato com mais um de opção», explica Jordão, ao Maisfutebol.
O jogador português parou de competir em Setembro, fez novos exames que afastar a suspeita de complicações cardíacas e mentalizou-se para regressar à competição. Em Janeiro, treinou à experiência no Crewe Alexandra, da League One de Inglaterra. Contudo, a falta de condição física impediu o acordo. Na Islândia, o campeonato só volta em Maio. A pré-época servirá para recuperar a condição física.
Um torneio em estádios fechados
Jordão Diogo encontrou um cenário adverso, em termos climatéricos. Nada de novo, de resto. Da primeira vez, tinha ficado «tresloucado» com 24 horas consecutivas de sol. «Nesta altura, estamos no mesmo fuso horário que Portugal. Está muito frio, menos 10 graus, mas não chove. É complicado, de qualquer forma, já me tinha esquecido deste frio», atira o português.
Para compensar a longa interrupção no campeonato, os clubes islandeses disputam um torneio de Inverno, em autênticos estádios cobertos. «No fim-de-semana, o KR Reykjavík vai disputar a final do torneio com o Stjarnan. Vai ser num estádio coberto. Aliás, os treinos nesta fase são sempre dentro de portas, por causa do frio. O estádio é da família do Gudjohnsen (ndr. jogador do Barcelona)», explica.
O KR Reykjavík vai jogar na Egilshollin Arena, um espaço onde podem ser disputados os mais variados desportos, servindo igualmente para a realização de concertos com artistas de nomeador. Jordão Diogo torce por fora, antecipando uma pré-época dura. «Já fiz os exames médicos e está tudo bem. Vão-me fazer um plano especial de treino. Chegou a altura de sofrimento, mas foi a solução ideal para mim», remata o extremo.