Jorge Cadete desvalorizou os poucos golos que Liedson marcou esta temporada, preferindo destacar o trabalho que o avançado oferece para a sua equipa em cada jogador. Além disso, o antigo avançado defende que o mês de Novembro não é, por tradição, um bom mês para os goleadores.
«O que é importante é que a equipa consiga concretizar as oportunidades de golo, independentemente dele marcar ou não. Mas é sempre uma fase que tira confiança a um ponta-de-lança. Mas este mês de Novembro não é o grande mês dos avançados, a partir de Dezembro é que os avançados começam a fazer mais golos. Hoje em dia as equipas têm uma grande preocupação defensiva, que vem de toda a preparação de pré-temporada, em que no início do campeonato as equipas não querem perder pontos. Isso dificulta a missão dos avançados. Quando começam a aparecer aquelas distracções, os avançados estão lá para fazer os golos», contou o antigo jogador na apresentação do livro de Liedson.
Cadete destaca o levezinho como um avançado fundamental no actual Sporting e defende que a sua ausência se fez no último jogo com o Inter. «Sem dúvida que fez falta. Apesar de às vezes dizer-se que só faz falta quem lá está, isso não é bem assim, todos os bons jogadores fazem falta à equipa. Ele tem sido um jogador fundamental, não tem sido só apenas um ponta-de-lança, é um jogador que trabalha bastante para a equipa. Não é fácil um avançado numa equipa grande jogar muitas das vezes sozinho na frente», referiu.
Jorge Cadete referiu-se ainda aos festejos de Luís Figo depois do golo de Hernan Crespo em San Siro, recordando que o antigo internacional foi apenas um profissional. «É uma situação normal que não põe em causa o Luís Figo ser sportinguista ou não. Não se pode esquecer que quando se joga num clube se sente o clube onde se está a jogar. Marcar golos e passar eliminatórias é tão difícil, não sei o porquê de não se festejar», destacou.