Jorge Silva admitiu esta segunda-feira que o Boavista está «numa luta tremenda» para evitar a queda na II Divisão mas avisou que o clube «não vai entregar pontos nem atirar a toalha ao chão.» Em declarações à Agência Lusa, Jorge Silva avançou que o facto de a equipa ter caído para os lugares de descida «até pode alertar consciências» e ter o seu quê de positivo para o futuro axadrezado.
«Espero que, com esta posição que estamos a ocupar hoje, as pessoas que têm algum gosto por esta grande instituição que é o Boavista apareçam, para ajudar a superar esta fase complicada», pediu o trinco, antes de lamentar a má leitura que algumas pessoas fazem da situação axadrezada: «As pessoas ainda não tomaram real consciência do momento que o clube está a viver. Dói muito e é triste.»
A queda do Boavista para o último lugar da Liga de Honra é, pela negativa, um facto histórico. «É a primeira vez que o clube se encontra nesta posição, mas outros já lá estiveram e conseguiram sair. Vai ser uma luta a cinco terrível, mas vamos lutar até ao fim e dignificar o Boavista», prometeu Jorge Silva, que aproveitou para agradecer o apoio indefectível dos sócios.
O Boavista está mergulhado numa crise financeira sem fim à vista e entra agora numa grave quebra desportiva. A derrota deste fim-de-semana frente à União de Leiria (2-0) conduziu o clube ao último lugar da Liga Vitalis. O apelo do capitão foi forte e sentido. «O clube não pode, nem deve, nem vai desaparecer. Quem gosta verdadeiramente do Boavista que acorde!»
Jorge Silva, além de jogador e capitão, é «sócio, accionista, profissional e credor» de quase 400 mil euros do clube da pantera, a sua «segunda casa», como assume o médio de 33 anos.