Um cabaz de golos. Foi o que trouxe a 13.ª jornada da Liga. Ao todo, marcaram-se nesta ronda 40 golos em nove partidas, o que perfaz uma média de 4,4 golos por jogo. Para trás ficou o recorde que resistia desde a 1.ª jornada do campeonato, na qual se registaram 29 tentos.

E o primeiro aperitivo, servido por Boavista e Estoril logo na sexta-feira, até não prometia nada de propriamente anormal (em termos de score, leia-se): empate a um golo, no jogo que marcou o regresso de Erwin Sánchez ao clube axadrezado, mas agora como treinador.

Passemos então à ação. O  V. Guimarães-Marítimo, um dos dois jogos com mais golos desta ronda: sete, na vitória da equipa insular por 4-3 na «cidade berço». Um jogo de loucos em que os maritimistas permitiram a recuperação do conjunto vimaranense depois de terem estado por duas vezes em vantagem (0-1 e 1-3) mas, ainda assim, acabaram por regressar ao Funchal com os três pontos na bagagem, graças a um golo de Fransérgio nos instantes finais.

Este foi apenas um dos pontos altos de um sábado «gordo» em que se contabilizaram 23 golos em quatro jogos. Num deles, o Paços não foi de modas e brindou o U. Madeira com esclarecedores 6-0: uma tareia das antigas a maior goleada da Liga 2014/15, aplicada em setembro pelo Benfica ao Belenenses.

Perante uma débil equipa insular cada vez mais aflita na classificação, o conjunto de Jorge Simão cumpriu (e com juros, diga-se) e ameaça seriamente os lugares de acesso às competições europeias. Para lá chegarem, os pacenses precisam de destronar, primeiro, o Rio Ave, que voltou a ganhar para a Liga depois de quatro desaires consecutivos: 3-1 na receção ao Arouca e ultrapassagem vertiginosa ao V. Setúbal, que ocupava o 5.º e último lugar de acesso à Europa.

Por falar em V. Setúbal, é para terras do Sado que seguimos. O conjunto de Quim Machado recebeu o Benfica, o primeiro dos três «grandes» a entrar em ação na 13.ª jornada. Um teste de fogo para os encarnados no reduto de uma das equipas que tem apresentado melhor futebol nesta primeira metade de época e de onde até agora ninguém tinha saído com os três pontos.

Sem deslumbrar mas com uma exibição segura, o Benfica venceu sem grandes dificuldades: 4-2 numa noite em que até deu tirar o pé do acelerador. E já vão cinco vitórias consecutivas para a Liga.

Cinco é também o número de jornadas consecutivas que Benfica, Sporting e FC Porto já levam a ganhar em simultâneo. Mas, deste trio, o mais feliz continua a ser o leão, que venceu o Moreirense por 3-1 em Alvalade. Liderança do campeonato segura numa noite em que Jesus até se permitiu a poupar William Carvalho e João Mário e viu Gelson Martins apontar o primeiro golo para a Liga com a camisola do Sporting.

Os leões passaram a noite com cinco pontos de vantagem sobre o FC Porto. Isto porque os azuis e brancos precisaram de dois dias para concluir os 90 minutos da partida com o Nacional na Madeira. A culpa? O nevoeiro na Choupana, que obrigou à interrupção do jogo com a equipa insular já na recta final. Os dragões venciam por 2-1 (golos de Marcano e Brahimi) e assim ficou na segunda-feira, num curto segundo ato do qual a equipa de Julen Lopetegui (e ele, não?) conseguiu sair viva, mas sem evitar muita polémica em torno das decisões da equipa de arbitragem.

Marcha-atrás na história da jornada. Até domingo, noite em que o Sp. Braga regressou às vitórias em casa do Tondela: 1-0, golo de Stojiljkovic, o primeiro em quatro jogo para a equipa de Paulo Fonseca que, com maiores ou menores dificuldades, lá consolidou o quarto lugar da Liga e acentuou a crise de um Tondela com Petit ao leme de uma nau com um lastro cada vez mais pesado para se manter à tona da água.

Porque não ganha mas também porque a Académica, atual penúltima classificada, tem agora o dobro dos pontos (10) dos viseenses (5). Os estudantes venceram em Coimbra o Belenenses por 4-3, no jogo que igualou a maior chuva de golos da jornada mais profícua dos últimos tempos.

Ora diga lá 40.