No verão de 2010, depois de ajudar a Alemanha a atingir as meias-finais do Mundial, Mesut Ozil era uma das coqueluches do futebol europeu e disputado por vários clubes.

O médio acabou por trocar o Werder Bremen pelo Real Madrid, mas também esteve perto de ir para o Barcelona. O que fez a diferença foi um tal de... José Mourinho.

«Foi uma decisão entre Real Madrid e Barcelona. E não foi uma decisão com base em dinheiro. Não sei se isto se sabe, mas visitei Madrid e Barcelona naquela época e a diferença foi José Mourinho», começou por dizer, em entrevista à Marca, a propósito do anúncio do final da carreira.

«Mourinho deu-me uma visita VIP ao Real Madrid. Levou-me a conhecer o estádio e todos os troféus que tinham ganho. Isso deu-me pele de galinha. A visita a Barcelona foi menos entusiasmante, e que o foi mais dececionante foi que o Pep Guardiola [na altura treinador do Barça] nem se dignou a conhecer-me. Antes dessa viagem gostava muito do estilo de jogo do Barcelona e imaginava-me a jogar com eles, mas o Real foi com tudo. Por isso é que o Mourinho foi sem dúvida o fator mais importante na minha decisão. Depois das minhas visitas, a minha decisão estava tomada a 100 por cento: queria ser madridista», acrescentou.

«Foi muito divertido jogar com Cristiano Ronaldo, que para mim é o melhor jogador de todos os tempos»

Mais à frente, Ozil voltou a elogiar Mourinho e também Cristiano Ronaldo, com quem partilhou o balneário nos merengues: «Sempre tive uma grande relação com o Mourinho. Soube sempre como motivar-me, como fazer de mim melhor jogador. É um treinador incrível e estou muito orgulhoso de ter jogado para ele.»

«Foi muito divertido jogar com Cristiano Ronaldo, que para mim é o melhor jogador de todos os tempos. Nós os dois entendíamo-nos muito bem no campo, era perfeito. Eu assistia e ele marcava. Passar a um jogador que quase nunca falhava era um regalo», disse, sobre CR7.

Ozil considerou ainda José Mourinho como «o melhor treinador do século» e confessou que na altura da rivalidade Mourinho-Guardiola e Ronaldo-Messi, ganhar um clássico ao Barcelona era como «ter um orgasmo».