O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, revelou que o Comité Olímpico de Portugal (COP) questionou a Federação de Judo (FPJ) em relação a novas queixas apresentadas por um grupo de atletas e que aguarda respostas.

O governante falou na conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira, esclarecendo alguns pontos em relação ao novo episódio no diferendo entre a FPJ e alguns judocas.

«Há dias, novamente um grupo de atletas veio denunciar novas situações, não propriamente aquelas relacionadas com os pontos do acordo de agosto, e, perante isso, posso dizer que o COP questionou a Federação Portuguesa de Judo sobre as duas principais acusações que são feitas pelo grupo de atletas», disse o governante.

João Paulo Correia lembrou que as divergências de meados de agosto tiveram um entendimento após mediação do governo entre os judocas e a FPJ, mas que agora em causa estará um problema com as verbas de dois dos seis judocas queixosos.

«A primeira sobre um alegado escamoteamento da informação sobre a despesa que a federação destina àquela atleta no projeto olímpico e uma segunda acusação de que houve uma decisão unilateral por parte da federação de cortar o financiamento a dois atletas do projeto olímpico até final do ano», referiu João Paulo Correia.

O secretário de Estado adiantou que o assunto foi entregue ao COP, com o objetivo de recolher informação, e que essas respostas deverão chegar ao Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), para que, em função das mesmas, se possa tomar uma decisão. «Essas respostas, certamente, chegarão ao IPDJ e aí, obviamente, em função das respostas, o IPDJ terá de tomar uma decisão», adiantou.

Ainda na conferência de imprensa, João Paulo Correia lembrou que, em paralelo a outras acusações, sem especificar quais, as mesmas mereceram a abertura de um inquérito, que ainda decorre. «Algumas dessas acusações, se forem provadas, se forem evidenciadas, podem vir a violar normas, como a norma que determina, como consequência, a perda de mandato», disse.

Em agosto, o IPDJ recebeu uma outra queixa, da Associação de Judo de Castelo Branco, acusando o presidente da FPJ, Jorge Fernandes, de exercer funções indevidas, nomeadamente no Judo Clube de Coimbra, o que o dirigente negou, mas a situação motivou também a abertura de um inquérito.