Não passava de um miúdo de 29 anos. Cabelo desalinhado e pose de artista. «Foi apresentado como tradutor. Era muito mais do que isso». Andrei Juskowiak recorda o ano e meio com José Mourinho no Sporting, ao Maisfutebol. «Um tipo marcante, sem dúvida».

«Ninguém dizia mal dele, apesar de ser jovem e aparentar ter mau feitio. O plantel era numeroso, muitos jogadores não tinham hipóteses de jogar, mas nunca vi nenhum colega zangado com ele», conta Juskowiak.

Em 1992, Mourinho chegou a Alvalade no papel de assistente de Bobby Robson. «Ele era incrível. Parecia tímido, mas quando assumia o controlo do treino ficava completamente diferente.»

Academia-Sporting na Polónia: «É um sonho adiado»

«Opalenica inspirou-se em Alvalade»

«Tinha um caráter forte. Exigia tudo da forma que queria. Era muito poderoso na influência do trabalho diário.» Tradutor? «Também traduzia (risos). Mas isso era uma pequena parte do trabalho dele. Fico feliz por ver onde chegou e orgulhoso por ter visto o início de tudo isso.»



O saudoso Bobby Robson merece, obviamente, palavras sentidas. «O senhor Robson conheceu-me no PSV. Fui treinar à experiência e o homem adorou-me. Era uma pessoa fantástica. Foi por ele que fui para o Sporting e fiz bem.»

Em Alvalade despontava também um menino chamado Luís Figo. Um menino que agora «entra em minha casa todos os dias».

«Estou farto dele (risos). Participa numa publicidade polaca, a servir cervejas. Quando o vir vou pedir-lhe logo uma! Era um dos meus grandes amigos, tal como o Nélson, o Capucho e o Marinho.»

Golo de Juskowiak à Juventus:



Um golaço ao União da Madeira: