O presidente do Casa Pia, Victor Seabra Franco, reagiu com «cautela» ao convite da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para o clube permanecer na II Liga, depois de recusados os processos de licenciamento de Vitória de Setúbal e Desportivo das Aves nas ligas profissionais para 2020/2021.

Franco considerou que «a situação não é definitiva e não está clara em termos jurídicos» e que, por isso, «cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém».

Esta é uma situação distinta da que levou o Casa Pia a apresentar uma providência cautelar para suspender a decisão da LPFP em despromover os gansos ao Campeonato de Portugal, à qual o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) deu provimento. Dessa forma, enquanto não houver uma decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), o clube centenário está habilitado a inscrever-se na II Liga, independentemente da situação que surgiu esta quarta-feira.

Victor Franco frisa isso mesmo, apelidando tudo de «uma enorme confusão». «O Casa Pia juridicamente está na II Liga, na sequência de uma decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul, embora seja uma decisão provisória e falta a decisão do TAD. Neste momento temos que esclarecer os aspetos jurídicos desta nova decisão da LPFP e ver em que termos se vai proceder. A situação não é nada clara, em nossa opinião. É uma confusão enorme, mas confiamos que os tribunais cumprirão o seu papel», concluiu o dirigente.

A SAD do Desportivo das Aves, de acordo com a Liga, não cumpriu com 16 pontos entre critérios financeiros e legais, ao passo que os sadinos não respeitaram os regulamentos em três pontos referentes ao critério financeiro.  

Além do Casa Pia, o Cova da Piedade foi convidado também a ficar na II Liga e o Portimonense a ficar no principal campeonato.