O Ministério Público determinou a suspensão do processo que envolve três arguidos no denominado «Caso Marega».

Em causa estão insultos racistas ao (então) avançado do FC Porto, durante um jogo no reduto do Vitória de Guimarães, em fevereiro de 2020. Os três arguidos estavam a ser investigados pela prática de um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.

De acordo com o documento a que a agência Lusa teve acesso, o Procurador da República, Marinho de Sousa, considera adequada a suspensão do processo, por entender que os arguidos «não atuaram com grau de culpa elevado» e mostraram arrependimento em fase de interrogatório.

Esta decisão mereceu a concordância do Juiz de Instrução Criminal, e o processo fica suspenso por um ano. Os arguidos têm um prazo de três meses para pagar mil euros ao Estado (cada um) , e vão apresentar um pedido de desculpas a Marega, através da publicação de um anúncio num jornal desportivo.

Para além disso ficam proibidos de aceder a qualquer recinto desportivo, por um ano.

«O Ministério Público com a concordância do Juiz de Instrução e do Vitória Sport Clube, e sem oposição do Moussa Marega, aceitaram esse pedido de desculpas que deverá ser público e dirigido não só a Moussa Marega mas também ao Vitória Sport Club, uma vez que o clube veio a ser injustamente penalizado pela atitude de alguns adeptos, comportamentos esses ao qual aquele era alheio», explicou Pedro Carvalho, advogado dos arguidos.