O Tribunal da Relação do Porto confirmou a condenação do Moreirense ao pagamento de uma multa de 112.500 euros, num processo de corrupção desportiva em que foram condenados outros cinco arguidos, informou nesta sexta-feira a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto.

Numa nota publicada no site oficial, a PGD refere que a Relação manteve «na íntegra» a condenação dos arguidos e «nos precisos termos» que havia sido decidida na primeira instância.

Recorde-se que em setembro de 2018, o Tribunal da Feira condenou o Moreirense na pena única de 450 dias de multa à taxa diária de 250 euros, perfazendo o montante global de 112.500 euros, por quatro crimes de corrupção ativa no fenómeno desportivo.

Ainda no mesmo processo, também foram condenados Pedro Miguel Magalhães, filho de Vítor Magalhães, presidente do Moreirense, e um antigo vice-presidente do clube Manuel Orlando ‘Alhinho’, a três anos de prisão com pena suspensa, por quatro crimes de corrupção.

O coletivo de juízes condenou ainda o antigo futebolista Nuno Pereira Mendes por três crimes de corrupção e um crime de branqueamento, na pena única de três anos e meio de prisão, suspensa.

Dois outros antigos futebolistas - Sérgio Grilo Neves e José Williams - foram condenados por um crime de corrupção a um ano e três meses e a dois anos de prisão com pena suspensa, respetivamente.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o Moreirense tentou subornar seis jogadores de equipas adversárias para subir de divisão, na época 2011-2012, quando o clube se encontrava na II Liga portuguesa de futebol.

O clube anunciou entretanto que vai recorrer desta decisão para o Tribunal Constitucional.

«O clube é alheio a qualquer ação de corrupção, que, a ter ocorrido, condena com toda a veemência», disse, à agência Lusa, o advogado Ricardo Sá Fernandes, que representa o Moreirense neste caso.