A Polícia Judiciária e a Polícia Federal  brasileiro têm em marcha uma grande operação, em Portugal e no Brasil, com buscas e detenções relacionadas com o caso do avião privado, com 500 quilos de cocaína a bordo, onde seguia o antigo presidente do Boavista, João Loureiro, e que foi apreendido em fevereiro do ano passado, escreve a CNN Portugal.
 
Em causa, o desmantelar de uma rede de tráfico internacional que usa jatos privados para transportar grandes quantidades de droga do Brasil para a Europa. A meia tonelada de cocaína em causa, recorde-se, estava escondida na fuselagem do avião que foi inspecionado em Salvador da Baía quando tinha por destino o aeródromo de Tires, em Cascais. Trata-se, no caso, de uma aeronave da OMNI Portugal.
 
A Polícia Federal confirma que estão a ser cumpridos esta terça-feira 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Em Portugal, com o acompanhamento das autoridades brasileiras, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

As autoridades brasileiras detalham, em comunicado, que foi identificada a estrutura da organização criminosa que atuava nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar a carga), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (operadores de câmbio que negociam moedas estrangeiras, responsáveis pela movimentação financeira do grupo).

A Justiça brasileira decretou ainda medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e congelamento de valores em contas bancárias usadas pelos suspeitos.