O Vitória de Guimarães e a ex-direção presidida por Júlio Mendes foi absolvida, esta quarta-feira, do crime de abuso de confiança fiscal qualificado, relativo à apropriação de 219 mil e 259 euros de IRS.

O juiz do Juízo Local Cível de Guimarães esclareceu não ser possível «fazer prova da causação», pelo que «assim sendo, absolve-se todos os arguidos, sem custas.»

Recorde-se que a acusação do Ministério Público foi divulgada pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto, a 10 de julho de 2016, fazendo referência a uma prestação de IRS relativa a dezembro de 2011, altura em que Emílio Macedo da Silva presidia o clube, que se veio depois a demitir em fevereiro de 2012.

A 10 de abril, Júlio Mendes tomou posse da direção do clube e, juntamente com os vice-presidentes Armando Marques, Hugo Freitas, Francisco Príncipe e Luís Cirilo, que não liquidaram essa prestação em dívida à Autoridade Tributária (AT) a 30 de abril de 2012, dia em que foi pago aos futebolistas os salários de dezembro de 2011, então em atraso, conforme conta a acusação.

No entanto, a sentença proferida pelo juiz diz ter ficado provado que a então recém-direção «não cometeu dolo e fez tudo de acordo com as diligências que deveria ter feito.»

Júlio Mendes, que foi presidente do Vitória entre 2012 e 2019, reagiu à decisão, realçando o «cuidado do tribunal» em «frisar que nunca existiu dolo» naquilo que a sua direção fez, tendo reparado «um conjunto de equívocos» que o «assolou» nos últimos sete anos.