A Juventus foi castigada pela justiça desportiva italiana com um jogo à porta fechada pelos insultos racistas durante o jogo de sábado frente ao Inter, dirigidos a Mario Balotelli. A decisão surge depois de o presidente do Inter ter dito que, se estivesse no estádio, teria retirado a equipa de campo.
«Se eu estivesse no estádio, a dada altura deixaria o meu lugar na tribuna, desceria ao campo e teria retirado a equipa, porque há um limite para tudo», afirmou Massimo Moratti, em declarações à «Gazzetta dello Sport». O dirigente máximo do Inter lamentou que os cânticos fossem ouvidos «em todo o estádio, com uma convicção tal que parecia que havia orgulho e felicidade em cantá-los». E criticou também os media por terem sido «brandos, para não dizer absolventes» na denúncia do caso.
Antonio Matarrese, presidente da Liga, solidarizou-se por seu lado com a posição de Moratti. «Seria um sinal forte» na luta contra o racismo, defende.
A Vecchia Signora já reagiu e admitiu o acontecimento, pedindo desculpas ao clube da capital. Giovanni Gigli, presidente do clube, publicou um comunicado «em nome da Juventus e da grande maioria dos seus adeptos» condenando «severamente os gritos racistas contra o jogador», salientando não haver «desculpas nem justificações para este tipo de comportamentos.»
Gigli acrescentou ainda que o futebol deve «em conjunto, tentar promover uma cultura desportiva fundada no respeito pelo adversário e na luta contra o racismo.»
Do lado do Inter, Moratti aproveitou para elogiar o comportamento de Balotelli, um jovem de 18 anos, perante a complicada situação. «Continuamente provocado, teve um comportamento muito cívico e demonstrou maturidade», disse o presidente inteirista.
A polícia está analisar os vídeos de segurança para tentar identificar os elementos originários da situação.