A Juventus conquistou oficialmente o 28º título de campeão italiano, no passado fim de semana, mas para adeptos e dirigentes foi o 30º «scudettto». Em causa estão os dois títulos retirados pela justiça italiana, aquando o polémico «calciocaos».
A controvérsia instalou-se quando os apoiantes da Juventus decidiram celebrar o campeonato como se fosse o trigésimo, com vários cartazes a mostrar o número trinta. Mas o próprio clube pretende adicionar uma estrela ao emblema.
O presidente da formação transalpina, Andrea Agnelli, concorda com os adeptos e promete surpresas aos apoiantes do clube de Turim. «São trinta scudettos conquistados em campo. A temporada 2004/05 não foi alterada e a seguinte não foi investigada. Uma terceira estrela? Os adeptos terão uma bela surpresa com a camisola na próxima época», disse Agnelli nesta segunda-feira. «É o título do orgulho recuperado», acrescentou o dirigente.
A inclusão de uma terceira estrela na camisola depende da autorização da liga italiana, responsável pelo regulamento da Série A. Os adeptos defendem que a estrela seja adicionada dentro do emblema para «fintar» o regulamento.
Os títulos conquistados em 2004/2005 e 2005/2006 foram retirados e a equipa do norte de Itália viu-se mesmo relegada à Série B. Se o título de campeão de 2004/2005 não foi entregue a nenhuma equipa, o mesmo não se passou com o «scudetto» de 2006. O Inter de Milão foi declarado campeão, e viria a conquistar cinco campeonatos seguidos. Juventus, Milan e Inter de Milão são as únicas equipas com estrelas. Enquanto que o clube de Turim tem duas, os dois clubes de Milão têm uma estrela cada um, fruto dos 18 títulos conquistados.
A ideia de colocar uma estrela surgiu por Umberto Agnelli, presidente da Juventus nos anos cinquenta do século passado. Em 1958 com o décimo título da equipa, Agnelli pôs em prática a ideia. A segunda estrela foi colocada em 1982. Na altura o Inter de Milão e o AC Milan já tinham as suas estrelas, colocadas em 1966 e 1979, respetivamente.