Em entrevista à CNN, Paulo Dybala assumiu que esteve perto de deixar a Juventus no verão passado. O clube italiano queria vendê-lo, Tottenham, Manchester United e Paris Saint-Germain estavam interessados, mas o internacional argentino quis ficar para mostrar outra imagem de si.

«Foi mais ou menos por esta altura no ano passado que a Juventus não queria que eu continuasse. Fui contactado e havia alguns clubes que estavam interessados em mim. O Manchester United, o Tottenham e acho que o PSG também apareceu», começou por dizer.

«No entanto, a minha intenção na altura era ficar. Não tinha tido um bom ano e não queria sair com essa imagem, não seria justo. Por isso, disse que a minha intenção era ficar, trabalhar para crescer e dar o meu melhor aqui. Não foi fácil, as intenções da Juventus eram outras, mas depois o mercado fechou e já não havia tempo. Com a chegada do Sarri cresci muito e até agora tive uma ótima época», prosseguiu.

Dybala termina contrato em 2022, ainda não foi convidado a renovar, mas diz que esse é o seu desejo. Ainda assim, não fecha a porta ao Barcelona, por exemplo.

«A verdade é que o Barcelona é uma equipa enorme em todo o mundo e com o Messi ainda mais. Seria muito bom, mas a Juventus também é um clube incrível, muito grande, cheio de história, onde jogam grandes jogadores. Há qualidade suficiente para fazer duas equipas e a oportunidade de jogar com Buffon e Cristiano Ronaldo tornam o clube ainda maior», prosseguiu.

Paulo Dybala falou ainda sobre o racismo, especificamente no desporto italiano: «As pessoas que têm de agir precisam de o fazer, ou então serão os jogadores a agir diretamente. Como já aconteceu, muitos jogadores decidem deixar o campo ou não jogar e parece-me uma decisão perfeita, porque [o racismo] é algo que não deve acontecer.»

«Toda a gente devia crescer assim [anti-racista], mas obviamente isso não acontece. Não são só as pessoas de cor que devem combater o racismo. Todos nós temos de estar unidos como sociedade.»