Kléber Laube Pinheiro, 27 anos, numa relação interessante com o golo.
 
O avançado do Estoril foi a grande figura do Estoril-V. Guimarães (3-0) e o único jogador a bisar na 2.ª jornada da Liga.
 
Aos poucos, o jogador brasileiro dá sinais de retoma à melhor versão de si: aquela que o levou até ao FC Porto em 2011 após duas épocas de elevado nível ao serviço do Marítimo, clube que lhe abriu as portas para o futebol europeu.
 
Depois de não ter conseguido vingar ao serviço dos azuis e brancos, que ganharam a corrida ao Sporting por ele, Kléber acumulou empréstimos a Palmeiras, ao Estoril e até uma passagem pela equipa B portista. Tudo isto entre 2013 e 2015, altura em que pegou nas malas e rumou à Liga chinesa.
 
Por lá ficou um ano. Desempenhos modestos e o regresso a Portugal. Pela porta da Amoreira, onde já tinha sido feliz duas épocas antes. «Está a ser um regresso fantástico. Chegou muita gente nova mas outros mantiveram-se e aqui sinto-me em casa, todos gostam muito de mim», disse na altura em declarações aos canais oficiais do clube do Estoril.
 
Mas Kléber parecia ter perdido as caraterísticas de outrora. Vinha fora de forma e sem a mira afinada. Passaram-se dias, semanas e meses. O golo? Só chegou ao 11.º jogo, já em janeiro de 2017 num jogo contra a Académica na Taça de Portugal.
 
O clique que faltava para despertar a tal adormecida boa relação com o golo. Seguiram-se mais nove até maio. Sempre em crescendo e com o pico nos últimos dois meses da época, nos quais marcou por oito vezes. Curiosamente, os dois primeiros meses de Pedro Emanuel à frente da equipa da Amoreira. Coincidência? Hmm...
 
Nesta segunda-feira, Kléber manteve a toada e mostrou que o Dragão, na ronda anterior, foi um mero hiato. A vítima foi o V. Guimarães, curiosamente  a equipa que o tentara resgatar há um ano do futebol chinês.