A Liga anunciou esta segunda-feira que vai pedir ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol a abertura de um processo de inquérito na sequência de uma notícia do jornal Público que diz que o presidente da SAD do Feirense, Kunle Soname, é dono de uma plataforma africana de apostas, «apesar de a lei portuguesa proibir expressamente, desde 2017, que elementos ligados a empresas de apostas desempenhem cargos de administração ou gestão em sociedades desportivas».

«A Liga Portugal informa não ter conhecimento que qualquer membro dos Órgãos Sociais da SAD do CD Feirense seja proprietário de uma casa de apostas na Nigéria ou noutro lugar», começa por dizer, em comunicado, o organismo que rege o futebol profissional em Portugal.

Na nota, a Liga diz que «o CD Feirense, segundo as participações qualificadas nas Sociedades Desportivas, publicadas nos termos da Lei no site da Liga Portugal, declarou que a sua SAD pertence em 29, 82% ao clube fundador e 70 % é da Travistock Global Resource, Lda., empresa cujo capital é dividido em duas parcelas. Uma de 80% é detida pelo Sr. Adebayo Tejuoso, e os restantes 20% pelo Sr. Fuad Akinsanuya, segundo a certidão entregue pelo CD Feirense, para os efeitos no disposto do ponto 5 dos Critérios Legais dos Pressupostos de Natureza Financeira, para a época 2020-21».

«Neste âmbito, e por desconhecer a existência de qualquer tipo de incompatibilidade associada a qualquer órgão social da administração da SAD, a Liga Portugal irá solicitar, de imediato, ao Conselho de Disciplina da FPF a abertura de um processo de inquérito para averiguar se existe qualquer matéria relevante do ponto de vista disciplinar», adianta a Liga.