Kylian Mbappé diz que a mudança para o Real Madrid, concretizada nesta janela de transferências, podia ter acontecido em 2021 ou em 2022, mas que tal não aconteceu porque «faz parte da vida de um futebolista».

«Estive perto de assinar há dois anos, há três também… Faz parte da vida de futebolista. Penso no presente, em desfrutar de cada segundo, para mim é um dia histórico», disse Mbappé, na conferência de imprensa de apresentação como novo jogador do Real Madrid, esta terça-feira, garantindo que está à disposição para jogar em qualquer posição no ataque: mais à esquerda, como habitualmente, mas também ao centro ou à direita.

«Vou jogar onde o mister quiser, posso jogar nas três posições da frente, no PSG e no Mónaco jogava, importante é estar física e mentalmente bem. Onde vou jogar, é um detalhe. Quero estar em campo, importa é jogar e ajudar», defendeu, dizendo que sempre esteve certo de que uma mudança para o Real Madrid ia acontecer na sua carreira.

«Estava seguro de que ia chegar o momento, para mim o Real Madrid foi a única opção. Tinha muitas ofertas de outros clubes, mas sempre disse a mesma coisa: para mim, quando saísse de Paris, era para o Real Madrid. Na minha cabeça era claro, o próximo clube vai ser o Real Madrid», disse Mbappé, que revelou que os franceses do clube e também Vinícius Júnior lhe diziam, no passado, para mudar-se para o Real Madrid.

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«Os franceses diziam-me sempre para vir para o Real Madrid, também o Vini, que me mandava-me mensagens porque o conheço e outros jogadores, quando jogava contra, que me falavam do clube. Agora estou com muita vontade de jogar com eles», notou.

Mbappé disse ainda que «não há melhor sítio do que o Real Madrid para ganhar títulos», mas apontou, primeiro, à adaptação à equipa. «A minha prioridade é adaptar-me bem à equipa, é a chave. Se estiver bem no sistema e no coletivo, as coisas vão chegar rapidamente e de forma natural. Tenho objetivos: ganhar a Champions, a liga, a taça, mas são objetivos a longo prazo. O que está mais perto é voltar a treinar e adaptar-me à equipa e é o que tenho na cabeça e é uma coisa importante», afirmou.

Sobre a camisola n.º 9, Mbappé falou num número com história e disse, em resposta sobre se quereria o n.º 10, que este está bem entregue.

«Temos n.º 10, Luka Modric, Bola de Ouro, ganhou tudo com o Real Madrid. Estou feliz por estar perto dele no balneário, sou o 9 e ele o 10, é um prazer. Mas o número não é importante. Não vejo o que está atrás, só vejo o que está à frente, a baliza (risos). Posso jogar com o 22, 28, 39, não vejo nada para trás. Para mim é igual, mas seguramente que o 9 é importante no Real Madrid. Houve muitos jogadores importantes com o número 9, mas para mim o número não é o mais importante», assegurou.

Na conferência de imprensa, Mbappé falou ainda de Cristiano Ronaldo, explicando o «Hala Madrid» que fez na cerimónia desta manhã, tal como o português há 15 anos. O francês defendeu ainda que, apesar da prestação no Euro 2024, nada muda a «lenda» que Ronaldo é. Também abordou a possível operação ao nariz.