A proibição de uso de sinalizadores em estádios já custou ao Corinthians a perda do direito de contar com os seus adeptos nos jogos fora (a porta fechada em casa já foi entretanto revogada pelo Conmebol), mas não inibiu o Boca de infringir o regulamento da Libertadores.

No encontro da primeira mão dos oitavos de final da prova sul-americana, realizado na Bombonera, fogos de artifício e raios lasers foram usados no mítico estádio e deixaram o clube em alerta.

Os primeiros minutos foram marcados pela utilização de luzes laser, enviadas das bancadas para o banco. Cássio, guarda-redes do Timão, foi o mais prejudicado e retardou uma cobrança de pontapé de baliza para reclamar.

Primeiro, o árbitro chileno Henrique Osses ignorou o problema e mandou a partida seguir.

Mas perante a insistência dos adeptos na infração, os responsáveis do Boca foram obrigados a pedir, pelo sistema de som, que não tal não voltasse a acontecer.

Só que o apelo foi ignorado e, aos 21 minutos, num lance de ataque do Boca, Cássio saiu da baliza para defender a bola nos pés do atacante rival e foi incomodado pelas luzes verdes lançadas contra ele.

O árbitro parou o jogo, conversou com o quarto árbitro e o aviso tornou-se mais sério. Pelo sistema de som do estádio, os adeptos foram avisados de que, se o laser seguisse sendo usado, a partida poderia até ser suspensa.

Perante a mão pesada do Conmebol, é de prever que o Boca Juniors venha a pagar caro este tipo de comportamento dos adeptos argentinos, que afetou tanto o desenrolar do jogo.