O treinador dinamarquês Michael Laudrup revelou esta terça-feira, em conferência de imprensa, em Londres, que foi despedido do Swansea City por mail poucas horas depois de lhe terem garantido que o seu lugar estava seguro e de ter apertado a mão do presidente Huw Jenkins.

Laudrup tinha feito história no Swansea quando, na temporada passada, liderou a equipa à conquista da Taça da Liga, o único troféu nos 102 anos de história do clube galês. No entanto, o dinamarquês acabou por esbanjar os créditos adquiridos depois de um pobre arranque de temporada. «Aconteceu apenas algumas horas depois de termos apertado mão e, como é óbvio, fiquei muito confuso».

O antigo internacional dinamarquês conta ainda que teve de esperar mais nove dias para receber uma carta oficial a explicar a decisão da direção. O treinador conta também que continua impedido de falar com os seus antigos jogadores, embora já lhes tenha endereçado um carta.

O Swansea tinha vencido apenas três dos últimos treze jogos antes de afastar Laudrup e nomear o capitão Garry Monk para o comando da equipa técnica. «Na última reunião, acabámos a dizer que tínhamos de nos manter unidos e apertámos as mãos. Ele agradeceu-me por estar a ajudar o clube»», contou. Foi nesse mesmo dia que Laudrup recebeu o misterioso e-mail. «Dizia que devido a uma violação do meu contrato, este estava anulado com efeitos imediatos».

Laudrup quis saber as razões do seu despedimento. «Liguei para o clube e perguntei o que se estava a passar. Queria saber qual era a violação, mas ninguém me explicava. Enquanto estava ao telefone, a minha mulher disse-me que a história já estava na internet».

Na conferência de imprensa, Laudup conta que foi impedido de voltar a entrar nas instalações do clubes e de se despedir dos seus antigos jogadores, mas diz que também recebeu palavras de solidariedade. «Levamos muito na cabeça, mas estou muito contente por contar com o apoio das muitas pessoas que me ligaram, como Sir Alex Ferguson e Gary Lineker», destacou ainda.