Começou bem e podia ter acabado bem mal. O Chelsea sai de Istambul com um empate [1-1] frente ao Galatasaray de Drogba, Sneijder e Mancini, numa partida em que entrou bem, teve ocasiões para resolver antes da igualdade, mas que aos poucos e poucos os turcos equilibraram e saem com uma igualdade pela qual lutaram

Havia nove minutos quando o Chelsea fez o 1-0. Tudo muito bem feito, aliás. Recuperação de bola de Azpilicueta na lateral e toque para Hazard. O belga colocou em Schürrle, enquanto Azpilicueta continuava a correr pelo flanco. O alemão serviu o espanhol e Azpilicueta deu o golo ao compatriota Fernando Torres. Oitavo golo de El Niño na época, terceiro na Liga dos Campeões.

O Chelsea ficava bastante à vontade no jogo. Com os turcos a apostarem numa dupla atacante e a subirem a linha defensiva, havia espaço nas costas da defesa do Galatasaray para explorar. O mau jogo de Hazard e as más decisões de Willian e Torres fizeram, no entanto, com os londrinos não aproveitassem bem as jogadas de transição para o ataque.

No resto do primeiro tempo, apenas destaque para um par de lances. Um remate de Hajrovic [que saiu logo depois para o Galatasaray equilibrar a meio-campo com Kutulus] e outro de Ramires, após um cruzamento de Schürrle.

Mourinho queria ir depressa para o balneário, mas o Chelsea que dominou o primeiro tempo ficou no balneário. É verdade que ainda assustou os turcos. Hazard só apareceu uma vez no jogo, o suficiente para dar uma oportunidade a Torres. Muslera fez grande defesa aos 53 minutos.

A substituição de Mancini ainda no primeiro tempo corrigiu o erro inicial do treinador italiano. Os frutos foram colhidos no segundo tempo. O Galatasaray pressionou bem o Chelsea, começou a rondar a área de Cech e a colocar várias vezes a bola nas zonas de finalização. Num canto, Drogba atirou para golo, a bola ia para ao lado e Selçuk Inan, a um metro do golo, atirou ao poste.

O Chelsea perdeu aí um duelo aéreo para um homem que levou glória ao clube e cujo último pontapé com a camisola londrino valeu uma Liga dos Campeões. Mas o lance de Drogba com Ivanovic foi premonitório. A equipa de Mourinho tem força na forma como defende as bolas paradas defensivas, mas uma falha de marcação rara deixou Chedjou solto num canto e o central só teve mesmo de empurrar: falhar era quase impossível.

O empate premiou a reação dos turcos. Quanto ao Chelsea, voltou a não resolver um jogo quando estava em vantagem. José Mourinho foi mesmo obrigado a descair Ramires para a direita e meter Mikel no meio-campo para acabar com as ambições turcas.

Segue-se a segunda mão em Stamford Bridge. Para Drogba será ainda mais especial, depois do aviso que o costa-marfinense e os colegas deram aos londrinos: se lhe derem oportunidade...