A Liga dos Campeões já tem uma sensação, e vem da Bielorrússia. Depois da vitória por 3-0, em França , na primeira jornada, o BATE Borisov, proveniente das pré-eliminatórias, isolou-se na liderança do grupo F, ao bater o Bayern de Munique por 3-1, e provou que o sucesso da primeira ronda não aconteceu por acaso.

É verdade que até ao golo de Pavlov, que perturbou os bávaros aos 23 minutos, a equipa de Jupp Henynckes desperdiçou uma ocasião flagrante para abrir o marcador, rematando ao poste já depois de driblar o guarda-redes Gorbunov. Mas depois do 1-0, o massacre do Bayern (62 por cento de posse de bola revelou-se infrutífero, e com Gorbunov em bom plano, o BATE foi ganhando confiança com o passar dos minutos.

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O segundo tento, de Rodionov, a 12 minutos do fim, deixou o jogo praticamente fora do alcance do vicecampeão europeu, que ainda encurtou distâncias por Ribéry, à entrada do último minuto. Mas, com a equipa toda atirada para a frente, o Bayern tornou-se vulnerável a um derradeiro contra-ataque, concluído pelo suplente de origem brasileira, Bressan, que sentenciou o jogo no quinto minuto de descontos.

Se o BATE surge imparável, no pólo oposto estão os franceses do Lille, que ao sofrerem a segunda derrota consecutiva, desta vez no Mestalla, ficam em situação particularmente delicada no grupo, visto que vão ter dois confrontos consecutivos com um Bayern Munique ferido no orgulho. O brasileiro Jonas abriu o marcador aos 27 minutos, na sequência de um belo passe de Soldado, e fechou a contagem aos 75, num cruzamento remate que iludiu o guarda-redes Landreau. João Pereira, que começou o jogo no banco, entrou nos três minutos finais, enquanto Ricardo Costa, lesionado, ficou fora dos convocados.