O Marítimo ficou apurado esta noite para o play-off da Liga Europa, após o empate sem golos conseguido no Estádio dos Barreiros, frente ao Asteras Tripolis. A turma grega dominou, mas pecou na hora da finalização. Valeu à equipa de Pedro Martins o empate conseguido na Grécia. A noite foi negra para uma equipa que surgiu com muita ansiedade e sem ideias.
Em desvantagem, face ao empate consentido na Grécia, o Asteras Tripolis surgiu pressionante e até atrevido desde o primeiro minuto. O técnico Tsiolis fez três mudanças no seu onze em relação à primeira-mão, todas elas no setor defensivo: na baliza jogou Fulop e no centro da defesa a dupla Sankare e Bartolini.
Veja o Marítimo-Asteras Tripoli AO MINUTO
Pedro Martins disse no lançamento da partida que não esperava um opositor muito afoito no começo, mas enganou-se. A turma visitante não deixou o Marítimo sair em contra-ataque e os verde-rubros só criaram um lance perigoso, que terminou com um remate ao lado de Heldon, isto já aos 43 minutos.
O conjunto helénico dominou, rematou mais, mas sem perigo para a baliza de Salin. Perrone e Usero, este por duas vezes, podiam e deviam ter feito melhor na hora de finalizar. Assim, o nulo ao intervalo aceitava-se e deixava os adeptos maritimistas apreensivos, pois a sua equipa não convencia.
Apesar de tudo, valia o 1-1 trazido de Tripolis.
Expulsão de Ruben Ferreira complica
No recomeço, os dois técnicos mantiveram as mesmas opções. E, curiosamente, seria o defesa Sankare a criar perigo para a baliza maritimista, logo aos 47 minutos. Os locais, ainda que de forma pouco esclarecida, tentaram ser mais ofensivos e fizeram pressão mais alta.
Só aos 54 minutos é que Fidelis rematou em boa posição, mas o remate saiu fraco para defesa fácil de Fulop. A resposta surgiu de imediato e bem perigosa, pois Usero cruzou bem, mas Navarro não soube desviar.
O Asteras manteve a boa atitude e foi conseguindo dominar o encontro, estando sempre mais perto da baliza de Salin. Pedro Martins mexeu pela primeira vez na equipa aos 60 minutos, retirando Danilo Dias e fazendo entrar Rodrigo António. Foi este médio ofensivo brasileiro que tentou espevitar a sua equipa.
A vida dos madeirenses não estava fácil e mais difícil ficou com a expulsão de Ruben Ferreira aos 69 minutos, por entrada sobre Usero que o juiz italiano Valeri considerou, e muito bem, como uma agressão.
Os gregos gelaram o caldeirão quando Navarro acertou no poste, perdendo a melhor situação da sua equipa.
Num lance de insistência, o recém-entrado Adilson fez um remate fraco para defesa de Fulop, sacundindo um pouco a pressão do onze liderado por Tsiolis.
Até ao final do encontro foi um sofrimento dentro e fora do relvado. Os adeptos verde-rubros tentaram ajudar a sua equipa que estava numa noite muito má, sem ideias e sem chama. A hora era de defender com unhas e dentes.
O apito final de Paolo Valeri trouxe a explosão de alegria a um caldeirão pouco confiante.

FICHA DE JOGO:
Árbitro: Paolo Varelli
MARÍTIMO: Romain Salin; Briguel, João Guilherme, Roberge e Rúben Ferreira; Rafael Miranda, João Luíz e Danilo Dias; Heldon, Fidelis e Sami.
Suplentes: Ricardo, Igor Rossi, Luís Olim, Ruben Brigido, Semedo, Adilson e Rodrigo António
ASTERAS TRIPOLI: Fulop; Tsabouris, Bartolini, Sankare e Pipinis; Juanito, Alvarez e Usero; Navarro, Perrone e Rayo.
Suplentes: Bakasetas, Castells, Gialousis, Hegon, Fórmica e Fragkoulaki
Cartões amarelos: João Luiz (16), Heldon (33), Salin (80); Rayo (16), Pipinis (49), Tsampouris (89)
Cartão vermelho: Rúben Ferreira (79)