(notícia atualizada)

Pela quinta vez na sua história, o Sporting está nas meias-finais de uma competição europeia, graças ao empate (1-1) em Kharkiv, diante do Metalist. Um empate com sabor a vitória, e que teve dois momentos chave: o golo de Van Wolfsiwnkel, em cima do intervalo, e a defesa de Rui Patrício a um penalty de Cleiton Xavier, aos 64.

Em Alvalade, tinha sido o mesmo jogador, no período de descontos, a marcar o golo que atenuava a grande vantagem leonina e deixava a eliminatória em aberto e condenava os leões a 90 minutos de sofrimento na Ucrânia. Em Kharkiv, onde, em Junho, a seleção de Portugal poderá decidir o seu futuro no Euro-2012, foi novamente o duelo entre Cleiton e Patrício o momento que encaminhou de vez o destino de uma eliminatória cerrada. Para o lado português.

Sá Pinto, que tinha rejeitado de véspera o cenário de jogar para o zero zero, confirmou essa ideia apostando em André Martins para o onze inicial. O jovem médio respondeu em grande nível e deu qualidade na circulação de bola à equipa portuguesa, que mesmo acusando o mau estado de um relvado impróprio, conseguiu manter o perigo afastado da sua área durante a primeira meia hora.

Foi já numa fase em que o Metalist, impulsionado por um fantástico Taison, rondava mais a baliza de Patrício (com o guarda-redes a responder presente sempre que necessário) que o leão teve a recompensa no melhor dos momento. Capel, até aí muito discreto, trabalhou bem na esquerda e cruzou, de pé direito, para a cabeça de Van Wolfswinkel, que não perdoou.

Faltavam 45 minutos, que se antecipavam de grande sofrimento. Até porque, como era previsível, o Metalist lançou de imediato um segundo homem de área, o temível Devic, para acompanhar o argentino Cristaldo. Foi dos pés e da cabeça desta dupla que saiu o golo do empate, logo aos 57 minutos, numa altura em que o leão acusava défice físico na cobertura aos centrais.

Sá Pinto tentou acautelar o golpe, lançando o possante Renato Neto para o meio campo, mas a saída de Matías Fernandez retirou capacidade à equipa para segurar a bola. Temeu-se o pior quando Insúa deu um encosto a Devic, na área, e o árbitro apontou para a marca. Mas o segundo duelo entre Patrício e Cleiton sorriu, desta vez, ao excelente guarda-redes dos leões, que deu, nesse momento, uma machadada decisiva no moral dos ucranianos.

Tal como em Manchester, o Sporting foi obrigado a lutar e sofrer na meia hora final, mais do que a jogar com bola. As entradas de André Santos e Evaldo reforçaram a fortaleza em redor da baliza de Patrício. O Metalist, demasiado dependente das arrancadas de Taison, nem sequer criou muitas oportunidades de golo, nesse minutos finais que pareciam nunca mais acabar.

Com os leões a defenderem bem, o apito final chegou e com ele a quinta meia final do historial europeu dos leões, onde terão pela frente o At. Bilbao, com a primeira mão já no dia 19 em Alvalade.

Ficha do jogo