Terminou na Croácia o sonho do Vitória Guimarães conquistar a Europa. Perante um adversário perfeitamente ao alcance da formação minhota, os pupilos de Rui Vitória acusaram a pressão do relógio e perderam o norte. Um adeus prematuro, inesperado, e escusado.

O Rijeka, precisava de uma vitória para continuar a sonhar. Ao Vitória até o empate poderia chegar, dependendo do resultado do jogo de Lyon. Depois da goleada de 4-0 em casa aos croatas, o V. Guimarães entrou em campo em Rijeka como uma equipa mais sólida e mais esclarecida. Bom na troca de bola, nos cruzamentos para a área, mas com Maazou a aparecer muito sozinho na frente, constituindo o calcanhar de Aquiles da equipa: a finalização.

O Rijeka tentava controlar a energia, fechar os caminhos ao ataque vitoriano e apostar no contra-ataque. E foi assim que chegou algumas vezes com perigo à baliza de Douglas.

A primeira parte, com o jogo a ser disputado maioritariamente a meio campo, teve oportunidades de ambas as equipas, numa lógica quase de ping pong. Ora do Rijeka, ora do Vitória. Mas foi com o nulo no marcador que chegou o intervalo.

Na segunda parte, o Rijeka transfigurou-se. Entrou mais atrevido, mais determinado em chegar à baliza, e Douglas foi chamado a intervir mais vezes do que Vargic, não só por causa dos avançados do Rijeka, mas também por alguma desorientação da defesa vitoriana.

O Vitória ainda estava confortável com o 0-0, já que o mesmo resultado estava no marcador do jogo de Lyon, e mantinha o apuramento em aberto, com a decisão a ser tomada no próximo jogo, em Guimarães. Mas o Lyon marcou entretanto, obrigando o Vitória a vencer se queria sonhar.

A formação de Rui Vitória ia-se desconcentrando, acusava a pressão do relógio. O treinador mexeu na equipa. Fez entrar Russi e Marco Matias. Tomané ia tentando chegar à baliza. Mas o golo não chegou. Estava logo ali, mas não chegou.

Era o continuar do ciclo de maus resultados do Vitória e o fim da cruzada europeia.