Uma boa atitude, mesmo em condições desfavoráveis, não foi suficiente para o Estoril alcançar um resultado positivo na República Checa. A equipa portuguesa jogou praticamente metade do encontro em inferioridade numérica, e mesmo nessa condição chegou ao empate, mas depois foi derrotada por um lance de bola parada.

O contexto não permitiu uma nota artística elevada, mas a equipa de Marco Silva lutou muito. Deu tudo, mas pagou pelos erros cometidos: os dois golos, muito consentidos, e a expulsão de Bruno Miguel.

O Estoril entrou atrevido no jogo, a rematar com muita frequência. Luís Leal deu o primeiro aviso à equipa da casa, com um remate à figura de Kovar, para logo depois João Pedro Galvão ficar a centímetros do golo, com um remate em arco.

Só que também cedo se percebeu que a mobilidade do ataque checo estava a criar problemas à defesa do Estoril. À passagem do primeiro quarto de hora a equipa da casa adiantou-se mesmo no marcador, aproveitando um erro posicional do último reduto português. Ruben Fernandes saiu ligeiramente para pressionar Pavelka, e nas suas costas, entre Bruno Miguel e Mano, apareceu Sural, que se isolou e não teve problemas para bater Vagner.

O Estoril procurou responder, mas pouco depois sofreu novo golpe, com a expulsão de Bruno Miguel (38m). Precipitado, o central cometeu duas faltas para cartão amarelo num curto espaço de tempo.

Mas com o carácter de sempre, a equipa portuguesa conseguiu restabelecer a igualdade mesmo em inferioridade numérica. Marcou Luís Leal, em cima do descanso, após jogada de Anderson e Sebá.

Por altura da expulsão Marco Silva optou por não fazer nenhuma substituição, preferindo recuar Gonçalo. Só lançou Yohan Tavares aos 62 minutos, em resposta a um bom início de 2ª parte do Slovan Liberec, e não foi feliz. Assim que entrou o central fez uma «assistência» involuntária para o segundo golo checo. Na sequência de um livre na direita, a bola sobrevoou várias cabeças sem que nenhuma lhe tocasse, e acabou depois por ressaltar no corpo de Yohan Tavares, sobrando para o remate de Kovac.

Faltaram depois forças para reagir, pelo menos de imediato. Marco Silva lançou Gerso e Balboa para os lugares de Filipe Gonçalves e Anderson, mas o Estoril só animou com a expulsão de Sackey, que voltou a deixar as equipas em igualdade numérica (82m).

Nos instantes finais, aí sim, a equipa portuguesa rondou a baliza de Kovar. Luís Leal rematou ao lado, de fora da área, para depois Evandro tentar o canto direto, na última ocasião do jogo, controlada pelo guarda-redes do Slovan Liberec.