Pela primeira vez em cinco eleições, a percentagem de eleitores que não foram votar desce. A projeção da TVI/CNN aponta para um intervalo entre 40 a 44%.

A abstenção em Portugal tem registado uma tendência crescente desde as primeiras eleições para a Assembleia da República em democracia.

Nos últimos anos, o número tem vindo a subir desde 2005, quando o Partido Socialista registou o seu melhor resultado e a sua única maioria absoluta, com José Sócrates. Nesse ano, a abstenção foi de 35,6%.

Quatro anos depois, em 2009, Sócrates perderia a maioria absoluta mas o PS foi também o partido mais votado. A abstenção subiu quase cinco pontos percentuais para 40,3%.

Em 2011, na primeira vitória de Pedro Passos Coelho, a subida da abstenção foi ligeira. Nesse ano, 41,9% dos eleitores não compareceram nas urnas.

Em 2015, a coligação Portugal à Frente venceu as eleições, mas quem viria a ter condições para formar governo foi o PS de António Costa, apoiado pelo Bloco de Esquerda e pela CDU. Nesse ano, a abstenção registou um novo recorde, de 44,1%.

Mas o valor mais alto da abstenção seria atingido em 2019, com a vitória de António Costa. Nesse ano, pela primeira vez, a maior parte dos eleitores não foi votar. A abstenção nesse ano foi de 51,4%.