Leixões-E. Amadora, 0-0 (destaques)

Jogo aberto, uma final para as duas equipas
O maior destaque tinha de ser para a excelente partida no Estádio do Mar, mesmo entre duas equipas que ainda lutam pela manutenção. Os treinadores deram instruções no sentido de procurarem o golo e os jogadores corresponderam. Pena que não seja sempre assim.
Paulo Machado, o hiperactivo
Apetece dizer que este miúdo devia ser assunto de estudo. A vontade, a garra e a determinação de Paulo Machado deixam-nos a pensar se não será caso sério de hiperactividade por descobrir. António Pinto deu-lhe o jogo para as mãos e o jogador não podia fazer melhor. Rematou logo aos seis minutos, cruzou, passou, fintou e foi o mais esclarecido do Leixões. Só o técnico é que poderá explicar porque o tirou aos 63 minutos de jogo. Os adeptos, esses, não gostaram nada da ideia.
Nuno Silva, à capitão
A braçadeira de Bruno China teve substituto à altura nesta partida. Nuno Silva viu-se condicionado com o cartão amarelo logo aos 17 minutos, mas nem por isso abrandou. Lutou muito, foi o melhor de uma defesa demasiado atenta ao ataque e foi muito à custa de Nuno Silva que o E. Amadora não marcou. Como exemplo da sua garra, fica um lance a fechar a primeira parte, em que o capitão tirou a bola de Maurício, quando este se preparava para marcar. E não é fácil ganhar em altura e em força a este adversário.
Mateus, um verdadeiro 10
Que bem que lhe assenta aquele dez na camisola. A qualidade de Mateus não é novidade, mas não custa nada elogiá-lo mais uma vez. Não precisou de correr muito para ter sempre a bola no sítio certo e para a entregar em boas condições para os companheiros. Calmo, sereno e com técnica para dar e vender: assim se vê um verdadeiro número dez no futebol português.
Rui Duarte, seta em direcção ao ataque
O defesa-lateral do E. Amadora está numa forma impressionante. Corre, corre, corre e ainda tem tempo para defender bem e atacar melhor. Pelo seu lado, foi impossível passar e deu muitas dores de cabeça a Ezequias e companhia. Os contra-ataques mais perigosos dos visitantes tiveram sempre Rui Duarte como principal protagonista.