O início do jogo do Leixões com o Marítimo, muito antes da formação de Matosinhos saber que ia perder o jogo e mesmo assim manter-se na Liga, ficou marcado por uma espécie de ritual de crença de um adepto leixonense. Chama-se Adriano e é dos adeptos mais conhecidos do Leixões. Tem mais de meio século de vida e percorreu todo o relvado de joelhos. Numa espécie de promessa pela permanência do Leixões.
Entrou em campo enquanto os jogadores aqueciam colocou-se em cima da linha lateral junto ao topo sul e deu a volta ao relvado de joelhos sempre em cima da linha que delimita o campo, percorrendo as quatro faces do relvado. Acompanhado por um polícia, ali colocado ao lado para evitar que o adepto fizesse outras coisas. Um ritual que já tinha cumprido na última época, para o Leixões subir, na altura com sucesso.
O ritual do adepto acabou também por provocar uma gargalhada. Enquanto Adriano percorria de joelhos o relvado, a equipa de arbitragem fazia corrida de aquecimento. À passagem pela bancada central, Adriano recebeu um enorme aplauso dos sócios do Leixões. Pedro Proença pensou que os aplausos eram para ele e levantou a mão a agradecer. Só depois percebeu que o destinatário daquela manifestação não era ele.