José Mota não compareceu na sala de imprensa no fim da derrota do Leixões em casa com o Nacional. Foi o presidente Carlos Oliveira que falou aos jornalistas, para criticar a arbitragem de João Capela e dizer que teve vontade de tirar a equipa de campo. Manuel Machado enalteceu a reacção do Nacional e recusou-se falar da arbitragem.
Manuel Machado, treinador do Nacional:
«Foi um jogo que começou muito mal para nós, aos trinta segundos sofremos um golo, a tarefa ficou dificultada, mas conseguimos reagir e empatámos o resultado. Depois, fruto da inferioridade numérica do Leixões, conseguimos fazer uma gestão controlada do jogo e ampliar a vantagem. Ao intervalo disse aos jogadores do Nacional que tivessem cuidado. Quando os jogos ficam um bocadinho mais acesos, convém ter cuidado para não ficar mais complicado para o nosso lado. Também por isso retirei o Cléber logo no reinício da patida. Ele já tinha um amarelo e podia ser expulso. Se os dois penalties que permitiram ao Nacional dar a volta ao jogo me pareceram justo? Essa é uma questão que deixo à crítica da especialidade. Vocês são a crítica e vocês o dirão.»
Carlos Oliveira, presidente do Leixões:
«Tinha decidido nunca abordar o tema das arbitragens. Hoje vou fazê-lo com indignação, até porque não estou nada preocupado com eventuais castigos e não sou homem de querer fazer carreira no futebol. Antes do início do jogo, o árbitro dava-me os parabéns pela forma como eu me tenha comportado nas análises ao futebol. Confesso que já ouvi concertos melhores na Casa da Música. Essa conversa era um simples canto de cisne a antecipar um péssimo trabalho. Há uma altura em que é preciso dizer basta. Esta equipa de arbitragem, com cuidado, destruiu um jogo. Espero que a Comissão Disciplinar da Liga faça justiça aos nossos jogadores e os despenalize. Tive vontade de tirar a equipa do campo. Na segunda parte o árbitro tentou dar algumas pinceladas, mas não tem jeito nenhum para pintor.»