Leixões-Trofense, 2-0 (destaques)

Chumbinho, dois golos para encantar
Dois golos para os matosinhenses verem e aplaudirem. Futebol de recepção e passe curto, miudinho, malandro, irreverente. É apontado por muitos como o sucessor natural de Wesley, mas há mais diferenças do que semelhanças no futebol de ambos. Chumbinho trata muito bem a bola, gosta de a ter nos pés, mas é um atleta mais limitado fisicamente e que pisa uma porção bem menor do terreno. De qualquer forma, é um atleta interessante e que esta noite entrou nos momentos altos do jogo ao bater Paulo Lopes duas vezes. Primeiro na marcação de um livre e depois num grande remate a aproveitar um mau alívio de Valdomiro.
Beto, aquele minuto 60
Minuto 60, Beto salva o Leixões! O cabeceamento de Charles Chad parecia condenado a acabar dentro da baliza matosinhense, mas a intervenção divina do guardião segurou a vantagem. O momento merece ser visto e revisto. Beto continua em excelente forma. Mesmo no seu único falhanço, ao largar a bola aos 80 minutos, redimiu-se de forma quase milagrosa com uma sapatada para canto.
Diogo Valente, o senhor dos cruzamentos
O rei das assistências na equipa de Matosinhos. Sempre pela esquerda, sempre em velocidade vertiginosa, sempre em busca do coração da área adversária. Cruzamentos atrás de cruzamentos, quase todos bem medidos e cirúrgicos. Se a equipa do Leixões tivesse um verdadeiro matador, o futebol de Diogo Valente ganharia outra compreensão. É um atleta que está a fazer uma excelente temporada e a quem falta apenas adquirir mais consistência durante os 90 minutos. Aquele pé esquerdo faz maravilhas. Excelente o remate com a parte exterior do seu melhor pé aos 64 minutos.
Milton do Ó, exemplo de capitão
O capitão do Trofense esteve em dúvida até ao início da partida mas Tulipa não quis abdicar do seu contributo. E é fácil perceber o técnico. Milton do Ó não erra um passe, joga sempre simples, recupera bolas sem conta e propaga a paixão pela competição por todos os colegas. Mesmo algo limitado, foi incansável do princípio ao fim.
Rodrigo Silva, detalhes promissores
Em estreia absoluta com a camisola do Leixões, não se lhe podia exigir muito mais. Melhor a jogar de costas para os centrais contrários do que na hora de finalizar. Segura bem a bola, lê bem o jogo, mas não parece ser aquele ponta-de-lança mortífero nos últimos metros. Bons pormenores, ainda assim, deste atleta cedido pelo Nacional aos bebés do Mar.