Carlão, Zé Manuel, Pateiro, Benítez. A história da vitória do Leixões sobre a U. Leiria escreve-se muito através de nomes próprios. Foram eles que desbloquearam a apatia que tomou conta do jogo logo de início e rasgaram distâncias para uma barrigada de futebol numa tarde que valeu a pena. Como os cinco golos do resultado final deixam bem a perceber, aliás.
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Se calhar vale a pena começar por Benítez. O lateral é um caso sério de unanimidade: não consegue fazer ninguém gostar dele. No Dragão era assobiado, no Mar é-o mais ainda. De cada vez que toca na bola, aliás. Aplausos só mesmo quando foi substituído depois de ter feito um autogolo, na asneira mais visível de uma tarde cheia delas.
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Saiu para dar lugar a Zé Manuel numa alteração que rendeu frutos. O extremo marcou um grande golo da primeira vez que tocou na bola. Ora por falar em grandes golos, interessa aqui introduzir o primeiro da tarde: Carlão. Que golaço! Rodou sobre Wénio e atirou a trinta metros bem colocado ao ângulo. No primeiro remate da equipa no jogo.
No meio de todos estes momentos de inspiração (ou desinspiração) individuais criou-se um bom jogo de bola. Que atingiu o ponto alto nos vinte minutos finais. Quando Mota retirou Benítez a equipa perdia, empatou logo a seguir e chegou à vitória nos descontos num penalty batido por Hugo Morais. O que lançou uma festa imensa no estádio.
Saber marcar nas raras oportunidades criadas, o segredo do Leixões
Curiosamente nessa altura até era a U. Leiria que estava por cima. Dois minutos antes, Kalaba tinha desperdiçado o golo na cara de Diego. Já depois do mesmo Diego ter feito duas defesas fantásticas a remates de Cássio e Bruno Miguel, e já depois também de Pateiro e Cássio terem falhado por centímetros o remate que daria a vantagem.
Estes factos ajudaram a reflectir uma segunda parte superior da U. Leiria, penalizada pelo desacerto na finalização. O Leixões, esse, mostrou uma incapacidade gritante de criar situações de golo, mas marcou nas raras ocasiões que criou. O que é um elogio à vontade mostrada. Mesmo que o resultado final seja demasiado simpático.