Décima vitória consecutiva para o Benfica. A 1 de fevereiro de 2014, a formação encarnada tropeçou em Barcelos (1-1) mas não caiu. Pelo contrário. Arrancou para o melhor ciclo da temporada, chegando nesta segunda-feira ao número redondo. 

Leia a crónica do encontro

A visita ao Gil Vicente permitiu outra conclusão: os rivais não estavam preparados para aproveitar o deslize. O Sporting podia ter alcançado o Benfica mas empatou com a Académica. O FC Porto perdeu na visita ao Marítimo.

Desde então, a equipa de Jorge Jesus não deu hipóteses à concorrência, aumentando a vantagem na frente da Liga e seguindo em frente na Taça de Portugal e na Liga Europa.

A fase vitoriosa iniciou-se na Taça, em Penafiel, com um golo tardio de Miralem Sulejmani (0-1). Nico Gaitán e Enzo Pérez garantiram o triunfo seguinte, no dérbi frente ao Sporting (2-0). Mais dois golos em Paços de Ferreira, desta vez de Ezequiel Garay e Lazar Markovic.

Na Grécia, para a Liga Europa, foi Lima a garantir uma vantagem importante frente ao PAOK. No regresso ao Estádio da Luz, um tento solitário de Markovic bastou para superar o Vitória de Guimarães. 

Benfica: números mostram domínio absoluto na Liga

A receção ao PAOK de Salónica permitiu o triunfo mais folgado desde ciclo: 3-0 por Gaitán, Lima e Markovic. O argentino voltou a marcar na visita ao Belenenses (0-1). Frente ao Estoril, num jogo teoricamente difícil, foi a vez dos brasileiros Rodrigo e Luisão.

Seriam estes dois nomes a desenhar os contornos de uma vitória extremamente festejada em White Hart Lane, reduto do Tottenham (1-3). Luisão chegou aliás a um inusitado bis, a coroar uma bela exibição. O fim de um percurso de oito jogos sem sofrer golos não afetou a moral da equipa.

Em jornada de clássico, o Benfica pretendia aproveitar a perda de pontos de um ou dos dois rivais. O Sporting bateu o FC Porto, agora mais terceiro, com o Nacional a apresentar-se como um obstáculo de respeito para o líder do campeonato.

Candeias assustou na cobrança de uma grande penalidade (o primeiro golo sofrido no campeonato após o 1-1 frente ao Gil Vicente, quando Vítor Gonçalves surpreendeu Jan Oblak) mas o ataque formado por Rodrigo e Lima demonstrou a sua eficácia. Um golo para cada antes de Garay entrar em cena. Djaniny devolveu a incerteza mas surgiu nova dose de Garay na reta final. 2-4 na Choupana. 


Rota do título: Benfica despede-se da Madeira

São dez vitórias consecutivas, superando a marca anterior de nove. O Benfica num grande momento de forma, tendo sete pontos de vantagem – que na prática são oito, face à vantagem no confronto direto - sobre o principal opositor (Sporting) e doze sobre o campeão nacional em título.

Os números são claros: uma dezena de triunfos com vinte golos marcados e apenas três sofridos. Para além disso, Jorge Jesus tem vários recursos à sua disposição. Neste ciclo, Rodrigo e Lima demonstram uma eficácia interessante mas o que dizer dos extremos Gaitán e Markovic ou, sobretudo, dos centrais Luisão e Garay? Enzo Pérez e Sulejmani completam o leque de oito goleadores em dez jogos. Selo de qualidade no plantel encarnado. Um detalhe: Oscar Cardozo não marcou nesta fase.

O Benfica chega a este momento com o melhor ataque e a melhor defesa da Liga. Lidera com uma vantagem importante, superior à margem da época passada. Na altura, os festejos na Madeira com o FC Porto a quatro pontos foram manifestamente precoces. Talvez por isso, e por estarmos a meio de março, desta vez não houve celebrações antecipadas na ilha.

Apenas mais um dado: a formação encarnada leva já 57 jogos consecutivos a marcar, igualando os segundos melhores registos de sempre na História da Liga. O recorde são 59 jornadas e foi garantido pelo Benfica, precisamente, entre 5 de maio de 1946 e 17 de outubro de 1948. 


Oito jogadores, vinte golos, dez vitórias

Garay: 3 golos
Luisão: 3
Markovic: 3
Rodrigo: 3
Lima: 3
Gaitán: 3
Enzo Pérez: 1
Sulejmani: 1