O F.C. Porto perde em Málaga, o F.C. Porto empata no Funchal e Liedson não sai do banco. O Levezinho chegou em janeiro ao Dragão, supostamente para reforçar o ataque azul e branco, mas quase dois meses depois os números são sofríveis: três aparições, 37 minutos, zero golos.

«Estranhamente discreto» e a dupla com Jackson

Na fase mais difícil da temporada, Vítor Pereira não recorre ao internacional português. Nem em desespero de causa. Afinal, o que se passa? Qual a utilidade de Liedson no plantel do F.C. Porto? Até em períodos de emergência, com a equipa a não ganhar, o avançado de 35 anos não é lançado.

Contra o Marítimo, o treinador optou por meter Castro e Izmaylov na segunda parte, abdicando de mais um homem ao lado de Jackson Martinez. Um facto que contraria, de resto, as próprias palavras de Vítor Pereira.

O treinador abriu a porta ao 4x4x2, pelo menos em situações pontuais, e nada disso tem ocorrido. Mesmo em Alvalade, Liedson entrou só depois de o Sporting estar reduzido a dez unidades.

Nas únicas declarações aos jornalistas após a apresentação oficial de dragão ao peito, Liedson mostrou compreensão: «Ficar no banco? Tenho 35 anos, só posso agradecer ao Porto».

O Maisfutebol foi atrás de mais respostas. A compreensão pública de Liedson dá lugar à estranheza de Derlei e Elpídio Silva, ex-colegas no Sporting, avançados e perplexos no Brasil com «a falta de utilização» do levezinho no F.C. Porto.

«Mesmo com 35 anos ele é um matador nato», diz Derlei que, tal como Liedson, vestiu as camisolas de F.C. Porto e Sporting. «A frieza dele é a mesma em treinos ou em jogos. Em dez oportunidades eu garanto que ele faz oito. O Porto não pode desperdiçar isso».

Silva esteve em Alvalade entre 2003 e 2005. O pistoleiro está convicto da «qualidade eterna» de Liedson. «Ele vai ser útil ao Porto ainda esta época. Não é fácil chegar a meio da época e encaixar logo na equipa. Mesmo assim, esperava que ele jogasse mais vezes».