F.C. Porto e Benfica continuam firmes de braço dado no topo da classificação, depois do difícil exame da 9ª jornada que abanou a classificação da Liga e deixou cair o Sp. Braga que, agora, fica a seis pontos do topo, enquanto o Sporting aproveitou para encher os pulmões, cortando a distância para o terceiro lugar para sete degraus. Fica, assim, desenhado um «esboço» de um possível campeonato a dois que pode vir a ganhar maior nitidez, na próxima ronda, quando a equipa de José Peseiro receber a de Vítor Pereira.
A ronda começou devagar, com um jogo na sexta-feira e outro no sábado, antes de um domingo em cheio. No primeiro dia, em Barcelos, vimos um sensacional Paços de Ferreira a bater o Gil Vicente (
1-0) e a alcançar o Rio Ave no quarto lugar. Ao fim de nove jogos, a equipa de Paulo Fonseca, mesmo sem habilitações, soma três vitórias, cinco empates e apenas uma derrota.
Ao segundo dia, mais um triunfo fora de portas, com o Nacional a apresentar-se determinado a deixar o embaraçoso último lugar em Guimarães ( 3-1) . Os minhotos até estiveram em vantagem, mas os madeirenses viraram o jogo permitindo a Manuel Machado voltar a sorrir no berço.
Quatro horas de alta intensidade
Aperitivos para o grande domingo que contava com cinco jogos, incluindo testes difíceis aos líderes antes da guerra pela estatuto de «terceira potência» marcada para a noite em Alvalade. A meio da tarde, o Estoril voltava a festejar com os seus adeptos diante do Moreirense (
2-0), enquanto o Olhanense afundava o Beira Mar (
1-0). A partir das 18horas começavam quatro horas de futebol intenso, sem direito a intervalo.
Primeiro no Dragão, onde o F.C. Porto teve de suar para bater a Académica (
2-1). Depois de uma primeira parte sem golos, James abriu o ativo e, pouco depois, João Moutinho, com um golo de belo efeito, parecia ter resolvido a questão, mas o golo de Wilson Eduardo manteve o jogo tenso até final.
Quando o Benfica entrou em campo, em Vila do Conde, já sabia que o F.C. Porto estava a ganhar. A equipa de Jesus, com André Almeida a render o lesionado Maxi, ganhou vantagem sobre o intervalo, com mais um golo de Lima. Foi o sexto golo do brasileiro que, assim, igualou Cardozo, James e Éder e ficou a apenas dois de Jackson. Jesus viu-se obrigado a duas substituições forçadas (Enzo Pérez e Salvio) e acabou o jogo em dificuldades, com um Rio Ave atrevido à procura do empate, mas a verdade é que o Benfica levou três pontos onde o F.C. Porto tinha deixado dois (
1-0).
Faltava saber se o Sp. Braga acompanhava os dois da frente em Alvalade diante de um Sporting em plena crise. No início da ronda havia mesmo a possibilidade dos leões, sem vencer há mês e meio, caírem para o último lugar, mas as derrotas do Moreirense e Beira Mar já tinham afastado esse cenário. O Sporting ganhou vantagem, logo aos 4 minutos, com um golo de Wolfswinkel que, desta vez, comemorou de mão fechada, para evitar os equívocos que gerou depois do golo ao Genk. Os leões podiam ter aumentado a vantagem até ao intervalo, mas na segunda parte houve mais Braga e o jogo acabou, entre algumas defesas decisivas de Patrício, com um polémico golo anulado aos minhotos. No final, o leão voltava a sorrir, ao fim de oito jogos, com o regresso às vitórias ( 1-0).
A ronda só fechou esta segunda-feira, com nova escorregadela do Marítimo, desta vez nos Barreiros frente ao V. Setúbal.